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Relógio inteligente da Samsung quer manter seu celular no bolso

Juliana Carpanez*

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

05/09/2013 09h03Atualizada em 10/09/2013 19h09

O relógio inteligente Galaxy Gear, apresentado nesta quarta-feira (4) em Berlim pela Samsung, se encaixaria no passado em uma categoria chamada extraoficialmente de “cebolão” (relógios de pulso grandões). O tamanho se justifica não por uma questão de estilo, mas sim pelas funções exercidas pelo smartwatch.

Com o lançamento previsto para 25 de setembro a US$ 299 (cerca de R$ 740) nos Estados Unidos e outros 149 países (não há informações sobre o Brasil), a Samsung marca sua entrada no segmento relógios inteligentes – até então, a única grande fabricante neste mercado era a Sony. Outros representantes do setor, que em breve deve ganhar adesão da Apple, são o Pebble e o I’m.

Direto ao ponto

Nome: Galaxy Gear
Tela: 1,63 polegada
Câmera:1,9 megapixel
Processador: 800 Mhz
Armazenamento: 4 GB

O Gear permite que o usuário mantenha seu smartphone (também da linha Galaxy) no bolso, enquanto o comanda a distância. Dá, por exemplo, para fazer e receber chamadas, visualizar mensagens e rodar alguns poucos aplicativos adaptados para sua telinha de 1,63 polegada.

Um recurso interessante é a câmera com 1,9 megapixel posicionada na parte externa da pulseira – na tela sensível ao toque do relógio, o usuário visualiza a imagem a ser clicada. Para impedir fotos "indiscretas", a Samsung desabilitou a possibilidade de deixar o som de disparo mudo quando a foto é tirada com esse tipo de comando.

Galaxy Gear: veja como o relógio inteligente funciona

Além disso, um microfone acoplado ao fecho permite falar ao telefone posicionando a mão do relógio na orelha. O gesto, um tanto infantil, possivelmente não seria adotado pelo estiloso espião James Bond. 

Apesar dos recursos, é importante frisar que, sozinho, o gadget não vai muito além de mostrar as horas, navegar na internet e rodar programinhas simples – algo que não justifica seu tamanho, a não ser que o usuário aprecie tanto os “cebolões” quanto os apresentadores Faustão e Adriane Galisteu.

Ou seja: trata-se, sim, de um eletrônico vestível, como insistiu a Samsung em sua apresentação. Mas nesse guarda-roupa futurista também precisa haver a gaveta do smartphone, para que o uso do relógio se justifique.