Mulher multada por dirigir com Google Glass diz que gadget estava desligado

A uruguaia Cecilia Abadie levou uma multa no fim de outubro por dirigir enquanto usava o Google Glass, óculos com câmera e conexão à internet, em uma via expressa na Califórnia (Estados Unidos). Ela entrou com uma ação nesta terça-feira (3) em um tribunal de San Diego declarando-se inocente das acusações de abusar do limite de velocidade e de estar distraída enquanto dirigia com o dispositivo.

William Concidine, advogado de Cecilia, disse que sua cliente estava com os óculos desligados enquanto dirigia e que o dispositivo acabou sendo ativado quando ela moveu a cabeça para atender o guarda de trânsito. Uma audiência marcada para janeiro de 2014 deve definir se ela infringiu ou não a lei ao usar o gadget enquanto conduzia seu veículo.

Segundo uma lei do Estado da Califórnia, é proibido que condutores interajam com outras telas no trânsito. A infração na qual o guarda enquadrou Cecilia é a mesma que proíbe o uso de televisão em carros no estado americano.

O Google Glass é um acessório em formato de óculos equipado com uma câmera e uma pequena tela. Os comandos são todos feitos por meio de voz. Com o gadget, o usuário pode checar e-mail, tirar fotos e até obter direções por meio da aplicação de GPS.

A tecnologia não estará disponível para o público em geral até 2014. Atualmente, há cerca de 10 mil “exploradores” que utilizam os óculos do Google. O dispositivo começou a ser vendido em 2012 nos Estados Unidos por US$ 1.500 (cerca de R$ 3.570).

Até o momento, três Estados americanos já fizeram leis que estipulam multa para quem usa o Google Glass enquanto dirige: Delaware, Nova Jersey e Virgínia Ocidental.

No site com informações sobre Glass, o Google notifica os donos dos dispositivos a seguirem as leis e a não dirigirem com os óculos ativos.

(Com "AP" e "Guardian")