Lulu muda política e passa a exibir só homens cadastrados no aplicativo

A partir desta segunda-feira (16), o aplicativo Lulu vai exibir apenas avaliações de usuários que se cadastraram no serviço - até então, o serviço mostrava automaticamente à usuária todos os amigos dela cadastrados no Facebook. Segundo a companhia, a ideia dessa mudança é fazer com que apenas “homens abertos a receberem avaliações na rede social” fiquem no serviço.

Com a nova política de uso, o Lulu informa que os perfis dos usuários cadastrados de forma automática não estarão mais disponíveis. No sistema antigo, que gerou muita polêmica, muitos homens foram avaliados no Lulu sem nem saber da existência do aplicativo. A mudança é válida somente para a versão brasileira do aplicativo. 

Apesar de a prática parecer invasiva, o Facebook permite esse tipo de operação. “Quando você acessa um aplicativo com a conta do Facebook, fornecemos a ele [ao desenvolvedor] suas informações básicas”, diz a página que detalha os termos de privacidade da rede social mais utilizada no mundo.

Questionada se a mudança na rede social tem relação com a ameaça de processo de alguns usuários, Deborah Singer, diretora de marketing do Lulu, informou que ainda não teve nenhum veredicto contra o aplicativo. Além disso, reforçou que o serviço cumpre as leis locais e que os homens poderiam se "descadastrar" para sair do sistema de avaliação. 

Se o usuário quiser se cadastrar oficialmente no Lulu e ficar disponível para avaliação, ele deve baixar o aplicativo em seu smartphone (disponível para Android e iOS). 

“Presente de Natal”

Até o dia 25 de dezembro, o Lulu permitirá que os usuários consigam acompanhar com detalhes as notas dadas pelas garotas por seus atributos. Esse acesso é feito por meio da página especial BonsPartidosNoLulu.com.br.

Antes disso, os homens só conseguiam, por meio do aplicativo, ver informações básicas, como quantas pessoas visitaram o seu perfil.

O acesso às informações detalhadas do perfil para os homens vai estar disponível apenas no site criado para esse propósito e, após o Natal, deve expirar.

Sucesso no Brasil

O Lulu foi criado em fevereiro deste ano, nos Estados Unidos. A ideia surgiu em um encontro de Alexandra Chong, 32, com as amigas, depois do dia dos namorados (comemorado em 14 de fevereiro nos EUA), quando elas passaram horas conversando. Alexandra teria percebido que ao falar sobre homens, o tom da conversa mudava – foi aí que viu uma oportunidade.

Segundo Deborah, o Brasil superou os Estados Unidos e é o país que mais utiliza o Lulu no mundo. Ao todo, 3 milhões de brasileiras instalaram o aplicativo nessas três semanas de atividade local. O programa, ainda segundo a executiva, é acessado em média nove vezes por dia pelas usuárias do país.

A ferramenta diz ter o objetivo de dar poder às mulheres para elas tomarem decisões inteligentes em relação aos homens.