Concha ou intra-auricular: escolha do fone de ouvido depende do tipo de uso

Os fones de ouvido se popularizaram com os tocadores portáteis e telefones celulares, que também passaram a reproduzir músicas. Atento a esse público crescente, os fabricantes passaram a investir em inovações, criando milhares de modelos diferentes.

O grande leque de ofertas torna a escolha um tanto difícil e complicada: antes de decidir qual é o modelo ideal, é importante definir qual será o tipo de uso do acessório selecionado. 

Os produtos são divididos, basicamente, em dois tipos de fones de ouvido: aqueles que encaixam na parte de dentro da orelha (e levam o nome de intra-auriculares) e os que cobrem toda a região onde está o ouvido, escondendo a orelha (que são chamados de concha, justamente por causa do estilo envolvente).

“O fone de ouvido em formato de concha é ideal para ambientes barulhentos, porque oferece melhor isolamento acústico, mas é maior e perde pontos no quesito praticidade. Isso faz com que seja aumentar menos o volume para ouvir a música com clareza, por exemplo. Já o tipo intra é pequeno e portátil, mas pode ser desconfortável. Por isso, é recomendado para uso em períodos curtos”, explica Marcos Uematsu, gerente de produto de áudio da Sony Brasil.

Carlos Miranda, produtor musical e jurado do programa “Ídolos”, sugere que os usuários fiquem longe dos fones de ouvidos profissionais e optem pelos tradicionais.

“Os acessórios populares ‘embelezam’ a música, equalizando os tons de grave e agudo, por exemplo. Isso melhora a experiência de quem ouve. Já os profissionais são rígidos e reproduzem a música como ela é, deixando o som ‘sem graça’”, conta.

Outra dica dada por Miranda é evitar os gadgets mais simples. O ideal, segundo ele, é procurar por fones de ouvido em lojas e marcas especializadas, pois os modelos simples demais não atendem a todo o potencial das músicas.

Por fim, é importante analisar a compatibilidade do fone de ouvido com o tocador em que o acessório será usado (como um iPod, tablet, celular, notebook e outros produtos).

De acordo com Marcos Uematsu, gerente da Sony Brasil para áudio, cada tocador envia uma quantidade de energia diferente para o fone de ouvido que está conectado no aparelho.

Com isso, pode ser que a carga não seja o suficiente para atingir todo o potencial do fone – nesse caso, o ideal seria realizar um teste em conjunto com os dois produtos antes de efetuar a compra.  

Além da diferença no nível de energia, também é preciso atentar-se aos recursos. Caso o fone possua alguma função, como bluetooth, e o tocador não seja compatível, não será possível ativar a funcionalidade.