Lei na Califórnia pretende dificultar acesso a arma feita em impressora 3D
O Estado da Califórnia pretende dificultar o acesso a armas feitas em casa – como é o caso daquelas produzidas com impressoras 3D – exigindo que os compradores e fabricantes sejam identificados e tenham antecedentes checados. O projeto de lei foi apresentado na segunda-feira (13).
Segundo a “AP”, no projeto de lei do senador estadual Kevin de León, compradores terão os antecedentes criminais checados e deverão registrar as armas, como já ocorre com quem adquire armamentos de metal.
A lei também seria aplicada a qualquer cidadão que compre partes de armas que possam ser montadas em casa.
“Atualmente, ninguém sabe que essas armas existem até que um crime seja cometido”, disse De León.
Além disso, o projeto prevê que o fabricante das armas feitas em casa insira um número serial nos objetos, que seria fornecido pelo Departamento de Justiça a somente pessoas sem antecedentes criminais.
Por fim, a lei também estabelece que as armas feitas em casa contenham peças permanentes de metal que possam ser detectadas por máquinas de raio-X ou detectores de metal. Isso havia sido proposto na lei federal que bane armas de plástico, mas não foi aprovado (ou seja, se a arma possuir uma parte de metal destacável, pode ser usada).
Impressora 3D vendida no Brasil permite criar objetos em casa
Quem não cumprir a lei terá de pagar multa de US$ 1.000 (R$ 2.360) e poderá ser condenado a um ano de prisão por porte ilegal de arma. O projeto segue para análise do senado estadual.
Armas 3D
Segundo autoridades da área de segurança, um dos problemas da arma feita em impressora 3D é o fato de ela ser produzida com plástico – o único item de metal da arma é o percutor (peça que ocasiona a faísca para a explosão da pólvora). Desta forma, ficaria mais difícil de barrar este tipo de objeto em detectores de metal.
O Defense Distributed se define como uma alternativa de página de download de desenhos 3D. Segundo a organização, sites tradicionais com modelos 3D (como Thingiverse) censuram os desenhos de armas de fogo.
Demorou cerca de oito meses para o Defense Distributed produzir a Liberator, que foi fabricada por meio da montagem de diferentes peças feitas em uma impressora 3D.
De acordo com o site “Gawker”, o modelo foi baixado mais de 100 mil vezes antes de ser deletado do “Defense Distributed”. O Brasil aparecia como o terceiro país que mais baixou a arma, atrás dos EUA e da Espanha, segundo a "Forbes".
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