Topo

Homem perde diploma de engenheiro após invadir sistema para alterar notas

Estudante do Estado de Massachusetts invadiu sistema da universidade e alterou notas  - ThinkStock
Estudante do Estado de Massachusetts invadiu sistema da universidade e alterou notas Imagem: ThinkStock

Do UOL, em São Paulo

05/03/2014 11h27

A Justiça norte-americana condenou o estudante Roy Sun, 25, a três meses de prisão por invadir sistemas de uma universidade e alterar suas notas para “A”. Depois do período de detenção, ele cumprirá mais quatro anos de liberdade condicional, conforme determinado na semana passada pelo tribunal de Tippecanoe (Indiana).

Segundo a publicação local “JC Online”, Sun formou-se em engenharia pela Universidade de Purdue (em Tippecanoe). Ele trabalhou como engenheiro por dois anos, com salário anual de US$ 70 mil (cerca de R$ 164 mil), quando decidiu fazer um mestrado na Universidade de Boston, em seu Estado natal (Massachusetts).

Foi então que a alteração das notas veio à tona – o “JC Online”, principal fonte de notícias sobre o caso, não informa como isso aconteceu. Como consequência, ele perdeu seu diploma de engenheiro e foi expulso do mestrado. Antes da detenção, estava trabalhando como ajudante (de garçom ou em hotéis).

Invasão
Na audiência de quinta-feira (27), Sun contou que invadiu pela primeira vez o computador de um professor em 2008 com a ajuda do estudante japonês Mitsutoashi Shirasaki. Sun teria se voluntariado como cobaia, para ver se a instituição de ensino descobria a farsa, mas nada aconteceu (Shirasaki voltou para o Japão e não foi julgado; não há informações se ele também perdeu o diploma).

“Fiquei realmente arrogante. Achei que era intocável. Era muito mais fácil alterar minhas notas do que ir às aulas e trabalhar duro”, afirmou Sun na audiência.  Com exceção de uma matéria, em que tinha contato direto com o professor, ele parou de frequentar as aulas no último ano de faculdade. Ainda assim, por causa das invasões no sistema, passou em tudo com nota “A”.

Sun contou que o colega Shirasaki foi responsável por aperfeiçoar o mecanismo de invasão. Os dois entravam nas salas de professores e instalavam em seus computadores programas para captura de senhas. Com essa informação, entravam no sistema da universidade e alteravam as notas.

Essa mudança era feita dez minutos antes do prazo para envio das notas semestrais, para que não fossem pegos. Eles descobriram os prazos ao invadir as contas dos professores.

Além de alterar suas próprias notas, fizeram o mesmo com as avaliações do colega Sujay Sharma. Este último, que vigiava enquanto os outros dois invadiam as salas dos professores, foi condenado a 18 meses de liberdade condicional.