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Grupo de privacidade quer investigação sobre como Facebook usará o WhatsApp

Do UOL, em São Paulo

10/03/2014 12h29

Uma organização norte-americana de proteção à privacidade enviou um documento à FTC (Comissão Federal do Comércio, na sigla em inglês) solicitando uma investigação sobre a compra do WhatsApp pelo Facebook. O objetivo do Epic (Centro de Informação da Privacidade Eletrônica) é saber qual o impacto dessa aquisição na privacidade dos usuários do aplicativo de conversas.

Curiosidades sobre a compra

  • Arte/UOL

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“O WhatsApp construiu sua base de usuários com o compromisso de não coletar dados a serem utilizados em anúncios.  [...] Os usuários forneceram informações pessoais detalhadas à companhia, incluindo textos privados com seus amigos próximos. Já o Facebook usa informações de usuários para anúncios e deixou claro que pretende incorporar os dados de clientes do WhatsApp em seu modelo de negócios”, alerta o texto enviado à FTC.

Diante desse cenário, o Epic afirma que a aquisição violará a privacidade dos usuários do WhatsApp, criando uma “prática de negócios injusta e decepcionante”. Daí o pedido que a FTC investigue o caso.

Até que essa preocupação seja descartada (o que garantiria a privacidade dos clientes do app), o Epic propõe a suspensão da aquisição. E, caso o negócio seja mesmo concluído, o Epic quer que o Facebook isole as informações dos usuários do WhatsApp de suas práticas de coleta de dados.

Quando anunciaram a compra, as empresas garantiram que nada mudaria para seus clientes.  "O WhatsApp continuará autônomo e operando de forma independente. [...] Não haveria parceria entre as duas empresas se tivéssemos de comprometer os princípios que sempre definirão nossa companhia, nossa visão e nosso produto", afirmou um post publicado no blog oficial do WhatsApp. 

O Facebook pagará US$ 16 bilhões pelo WhatsApp: US$ 4 bilhões em dinheiro e aproximadamente US$ 12 bilhões em ações da rede social. A aquisição pode chegar a US$ 19 bilhões, porque prevê pagamento adicional de US$ 3 bilhões em ações, para fundadores e funcionários, nos próximos quatro anos.