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Criador da web diz que não esperava que rede tivesse tantos gatos

Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, discursa durante a edição de 2011 da Campus Party - Rodrigo Paiva/UOL
Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, discursa durante a edição de 2011 da Campus Party Imagem: Rodrigo Paiva/UOL

Do UOL, em São Paulo

14/03/2014 16h41Atualizada em 14/03/2014 17h07

O protocolo internet, que permite conectar computadores mundialmente, completou 25 anos nessa semana. O britânico Tim Berners-Lee, responsável pela “programação” que rege a rede mundial de computadores, disse em entrevista não esperar que a rede tivesse tantos gatos. As informações são do jornal britânico "The Telegraph".

Berners-Lee participou de uma sessão AMA ("Ask me anything", pergunte-me o que quiser) promovida pelo site americano Reddit.

Além de falar que não imaginava que a internet tivesse tantos gatos, o pioneiro da internet falou sobre seus hábitos de navegação – ele usa o Firefox – e que nunca postou fotos de bichanos. Porém, comentou que já publicou uma foto de seu cachorro de estimação.

Questionado sobre a importância do ex-funcionário da CIA Edward Snowden, que vazou informações da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Berners-Lee afirmou que ele “deveria ser protegido” e que “deveria haver formas de proteger pessoas como ele”.

“Nós podemos tentar idealizar sistemas perfeitos de governo, mas eles nunca serão. E quando eles falham, são os denunciantes [como o Snowden] que podem salvar a sociedade”, afirmou.

Sobre a questão do abuso de direitos autorais, o pioneiro da internet falou que não tem uma solução pronta. “Eu concordo que o DRM [sigla para gestão de direitos autorais] incomoda de muitas formas e que deveria ser usado apenas para transmissões de ‘alto valor’”, destacou. No entanto, reconhece que as leis de direitos autorais  têm problemas graves.

Tim Berners-Lee, em função das comemorações dos 25 anos da web, anunciou o desenvolvimento de uma carta magna para a internet, com o objetivo de definir regras para proteger a rede do ataque crescente de governos e empresas.