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Notebook Asus Taichi com duas telas tem ótimo desempenho, mas cobra caro

Quando aberto, o Taichi funciona como um notebook. Mas, quando fechado, ele vira um "tabletão" - Yoshikazu Tsuno/AFP
Quando aberto, o Taichi funciona como um notebook. Mas, quando fechado, ele vira um "tabletão" Imagem: Yoshikazu Tsuno/AFP

Sérgio Vinícius

Do UOL, em São Paulo

28/03/2014 06h00

O Asus Taichi 21 é um dos notebooks mais bem acabados do mercado brasileiro. Com teclado retroiluminado, ele impressiona por ter duas telas: ambas Full HD, com 11,6 polegadas, que ficam posicionadas uma “de costas” para a outra. É bastante rápido e tem bateria com duração razoável, aguentando quase duas horas longe da tomada.

Quando aberto, ele funciona como um notebook tradicional, comandado pelo teclado, mouse e touchpad. Mas, quando fechado, o destaque vai para sua segunda tela: sensível ao toque, ela transforma o notebook em um “tabletão” que roda Windows 8 (essa alternativa não é destacável). O preço do competente brinquedinho, inclusive, é basicamente a somatória de valores de um notebook e de um tablet: R$ 6.500.

Uma ferramenta chamada Screen Share garante que seu proprietário utilize as duas telas ao mesmo tempo: enquanto faz a apresentação em uma delas, a outra (de trás) mostra as mesmas imagens (essa possibilidade é chamada Modo Espelho).

Outra possibilidade de atuação das duas telas é – na falta de um nome menos didático – o modo Duas Telas. De um lado, o usuário pode trabalhar com o notebook, por meio do trackpad e teclado. Do outro, um segundo operador pode utilizar o tablet. Ambas as opções funcionam bem, sem lentidão em qualquer um dos lados – o único defeito é a tela da versão notebook não ser sensível ao  toque.

De forma geral, o que mais agrada na máquina são suas respostas ágeis aos comandos. A interface com o usuário também chama a atenção, dado que é bastante agradável operar o Taichi 21. O desempenho, tanto na tela sensível como no touchpad, não requer espera: seja para descompactar arquivos com mais de 2 GB, seja para editar vídeos ou simplesmente acessar programas gráficos.

A interface com a internet – quando não há interrupção de sinal, coisa que ocorre eventualmente – também agrada. Acessar e baixar aplicativos, e-mails, navegar e assistir a filmes online são tarefas agradáveis e simples. Melhor ainda na versão tablet do Taichi 21, por causa da tela sensível.

Alguns aplicativos já instalados são muito úteis, como um que poupa energia e outra para armazenamento na nuvem da própria Asus. Há também perfumarias que agradam, como é o caso do Instant On: ele permite reinicializar a máquina de forma instantânea. Um clique e ela acende (algo comum nos tablets).

Os principais pontos fracos já foram citados, mas vale a pena reforçá-los – se topar pagar R$ 6.500 em um computador (e este é um de seus problemas), você precisa saber muito bem o que levará para casa. Além do valor, o acesso à internet apresentou falhas (essa mesma conexão permaneceu estável quando usada com outros dispositivos). Em jornadas de longa duração com a máquina ligada, eventualmente ela perdia o sinal do Wi-Fi, que voltava em seguida.

A tela na versão notebook é um tanto reflexiva, incomodando a experiência em locais claros.