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Austrália terá de devolver bens confiscados ao dono do site Megaupload

Mesmo com bens confiscados e contas congeladas, Kim Dotcom é adepto à ostentação nas redes sociais. Acima, sua mansão em Auckland (Nova Zelândia) - Nigel Marple/Reuters
Mesmo com bens confiscados e contas congeladas, Kim Dotcom é adepto à ostentação nas redes sociais. Acima, sua mansão em Auckland (Nova Zelândia) Imagem: Nigel Marple/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/04/2014 11h17

A Justiça australiana terá de devolver a Kim Dotcom, criador do extindo site Megaupload, todos os bens confiscados durante uma megaoperação realizada em janeiro de 2012. Na ocasião, o serviço de compartilhamento de arquivos foi fechado, as autoridades detiveram Dotcom e confiscaram seus bens. Funcionários do serviço também foram presos e liberados poucos dias depois.

A devolução será feita nos próximos 14 dias. A publicação “New Zealand Herald” afirma que o tribunal superior de Auckland recusou um pedido da polícia para estender o tempo de retenção dos bens de Dotcom - daí a liberação de carros, dinheiro e imóveis. 

O “New Zealand Herald” informa que autoridades bloquearam 6 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 20,93 milhões) que Dotcom mantinha em instituições financeiras e confiscaram 6 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 12,56 milhões) em carros – incluindo 15 Mercedes, um Cadillac pink de 1959 e um Rolls-Royce Phantom. 

Minutos depois de a decisão ser anunciada, Dotcom comemorou no Twitter. Ele postou uma foto com seus carros (e a legenda “voltem para o papai”) e afirmou que alugará o autódromo de Taupo para usar seus carros, quando eles forem devolvidos.

“Nossos bens ficaram detidos por 800 dias e ainda assim eu consegui brigar, com minhas mãos amarradas nas costas. Imagine o que posso fazer agora!!!”, escreveu, em inglês, no microblog. 


Quando o FBI (polícia federal norte-americana) bloqueou acesso ao site criado pelo excêntrico Kim Dotcom, a página tinha mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e somava 4% de todo tráfego da internet mundial. De acordo com o FBI, o site promovia distribuição em massa de conteúdo protegido por direitos autorais, causando prejuízos de US$ 500 milhões.

Em uma batalha com a Justiça da Nova Zelândia, Kim Dotcom ainda tenta não ser extraditado para os Estados Unidos. Em janeiro deste ano, ele lançou o serviço de armazenamento de arquivos Mega, com 50 GB de espaço disponível gratuitamente.