Jovem usa celular ao volante, atropela ciclista e lamenta estrago no carro

Uma australiana de 21 anos, com carteira de motorista provisória, atropelou um ciclista em setembro do ano passado, enquanto dirigia e trocava mensagens de texto no celular. Kimberley Davis foi condenada nesta terça-feira (15) a pagar 4.500 dólares australianos (cerca de R$ 9.435) e ficará sem a licença para dirigir durante nove meses. No julgamento, ela declarou-se culpada.

A história ganhou repercussão porque, dois dias depois do acidente que poderia ter deixado o ciclista paraplégico, Kimberley disse à polícia que “não ligava” (a frase dá a entender que ela se referia à vítima). “Estou brava, porque ele bateu na lateral do meu carro [...]”. Ela também disse que o automóvel era caro e se queixou, dizendo que teria de consertá-lo.

A jovem negou que estava usando o celular na hora do acidente, de acordo com o jornal local “The Standard”. Registros telefônicos, no entanto, indicaram que a alegação não é verdadeira.

O ciclista atropelado em Koroit (Victoria) sofreu lesões na coluna e teve de ser operado no Hospital Austin, em Melbourne. Os médicos disseram inicialmente que ele poderia ficar paraplégico – o que não aconteceu -, e a vítima passou três meses em recuperação. O homem, que não teve o nome divulgado, também quebrou o dedão e teve ferimentos por todo o corpo.

Sua bicicleta tinha luzes de sinalização, mas a motorista o atingiu por trás. Kimberley estacionou 100 metros depois da colisão e ligou para o serviço de emergência (apesar disso, o "The Standard" reportou que ela não prestou socorro).

No tribunal de Warrnambool, foi revelado que, pouco antes do acidente, Kimberley trocou 22 mensagens no celular com sete números diferentes. Pelos registros, ela usou seu telefone 44 vezes enquanto dirigia de Warrnambool para Koroit, onde aconteceu a colisão (a última mensagem de texto foi recebida às 19h18, e o acidente foi às 19h20).

A mulher da vítima compareceu ao julgamento e, segundo o “The Standard”, ela se disse desapontada – em sua opinião, Kimberley deveria perder para sempre a carteira de motorista. A identidade da mulher do ciclista também não foi divulgada.