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Celulares ajudam alfabetização em países em desenvolvimento, diz Unesco

Estudo da Unesco diz que o acesso a celulares tem ajudado na alfabetização da população de países em desenvolvimento - Getty Images
Estudo da Unesco diz que o acesso a celulares tem ajudado na alfabetização da população de países em desenvolvimento Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/04/2014 12h54Atualizada em 25/04/2014 14h14

Um relatório desenvolvido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) mostra que o acesso a tecnologia móveis ajuda no processo de alfabetização em países em desenvolvimento. De acordo com o estudo, os celulares têm ajudado as pessoas a lerem livros inteiros em suas pequenas telas.

Sobre o hábito de leitura, o levantamento aponta que um terço dos entrevistados tem o costume de ler histórias para crianças disponíveis em seus celulares. Além disso, as mulheres leem muito mais que os homens. Enquanto os homens leem cerca de 25 minutos por mês, as mulheres passam pouco mais de 200 horas lendo.

Apesar da diferença da quantidade de leitura entre os sexos, de modo geral, tanto homens como mulheres leem mais quando têm acesso a um conteúdo via dispositivos móveis.

O levantamento também descobriu que pessoas recém-alfabetizadas ou semianalfabetas contam com o auxílio do celular para fazer buscas de textos apropriados aos seus respectivos níveis de leitura.

A pesquisa da Unesco entrevistou 4.000 pessoas de sete países: Etiópia, Gana, índia, Nigéria, Paquistão, Uganda e Zimbábue. O propósito é criar um roteiro para governo e organizações que querem ajudar na disseminação de hábitos de leitura e analfabetismo.

A conclusão do relatório “Reading in the Mobile Era” (Leitura na era moderna, em tradução livre) é que haja diversidade nos conteúdos disponibilizados em plataformas móveis para beneficiar grupos específicos, como pais e professores. Além disso, é recomendado que sejam reduzidos os custos e as barreiras tecnológicas para disponibilizar a leitura em aparelhos móveis. 

O relatório está disponível no site da Unesco (em inglês)

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