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Com respostas rápidas, tablet 'mini' da Gradiente tem ótimo desempenho

Tablet Tegra Note vem com sistema Android puro e tem tela sensível ao toque de 7 polegadas - Divulgação
Tablet Tegra Note vem com sistema Android puro e tem tela sensível ao toque de 7 polegadas Imagem: Divulgação

Sérgio Vinícius

Do UOL, em São Paulo

15/05/2014 06h01

Um dos melhores tablets disponíveis no mercado brasileiro custa R$ 1.000, é vendido somente pela internet, tem 7 polegadas e – aí sim, a surpresa – leva a marca Gradiente. Além de muito rápido, o Tegra Note reproduz gráficos e tons coloridos e reluzentes com perfeição. Mas toda essa qualidade passa longe da câmera, que apresenta imagens granuladas.

Cabe aqui algo a ser considerado antes da compra. O aparelho é realmente bom e surpreendeu durante os testes, mas por R$ 1.250 dá para comprar um iPad mini (sem tela Retina). Essa diferença de R$ 250 pode ser o preço para agradar aos mais exigentes – considerando, por exemplo, que a câmera do iPad oferecerá bons resultados. Fora essa questão da foto, o modelo da Gradiente não deixou a desejar nos testes para seu concorrente da Apple.  

A experiência multimídia e para tarefas robustas é, em geral, impecável com o Tegra Note. Isso acontece, em grande parte, graças ao processador quad-core (quatro núcleos) Nvidia Tegra 4 de 1,8 GHz. Sem engasgar, ele realiza diversas funções simultaneamente, como rodar filmes e músicas via web ou reproduzir vídeos e canções armazenados no tablet (embora essa mistura seja confusa e um tanto desnecessária).

Jogar títulos como “Blood Sword”, “Real Boxing” ou mesmo um prosaico pinball é tarefa extremamente agradável no tablet. Em nomes como “Dead Trigger 2”, por exemplo, é possível ver reflexos na água. Em “Reaper”, são notados com clareza os detalhes de texturas de tentáculos ou folhas.

O Tegra Note conta com alto-falantes estéreos frontais e saída dedicada aos sons graves. Essas caixinhas reproduzem músicas de forma cristalina. Quando o assunto é, novamente, os games, os recursos de áudio tornam-se elementos que compõem a ação - já que emanam o áudio “na cara” e nas mãos do jogador.

Tablet Tegra Note Gradiente - Divulgação - Divulgação
Com preço sugerido de R$ 1.000, tablet vem com processador quad-core
Imagem: Divulgação

Seu sistema operacional é Android puro, sem personalização por parte da Gradiente (os aplicativos já instalados se mostram realmente úteis – caso do Tegra Zone, que oferece diversos jogos de alta qualidade). A bateria, por sua vez, tem autonomia de dez horas, mesmo rodando vídeos em HD (alta definição). Quando em stand by e em uso diário simplificado - e-mails, acesso à web - resiste por mais de duas semanas.

Outro ponto que chama positivamente a atenção no equipamento é a caneta stylus, que acompanhou o tablet avaliado pelo UOL Tecnologia (pode ser adquirida separadamente por R$ 99). Com ela, é possível desenhar e editar imagens facilmente, além de acessar comandos específicos e que requisitem precisão.

Ponto negativo

O ponto negativo do tablet vai para a câmera de 5 megapixels – na teoria, uma resolução aceitável. Ela registra várias imagens com granulação e poderia ter recursos mais potentes. Em relação à iluminação, também vai mal. Não conta com flash embutido, e as imagens feitas em locais escuros ficam sem definição de tons.

Se o ambiente estiver bem iluminado, como ao sol do meio-dia, a câmera trabalha até que satisfatoriamente - as imagens ficam menos granuladas e ganham cores menos mortas.

O tablet tem ainda uma função bem curiosa, chamada “clique para seguir”, que mantém o foco na pessoa ou objeto em movimento. Basta acioná-la, e o Gradiente foca automaticamente no que se deseja, deixando o restante do ambiente retratado em segundo plano.

Um outro ponto que beira o amadorismo no Tegra Note é a tradução de algumas funções ou funcionalidades ou tablet, que aparecem por vezes na tela (principalmente quando o Gradiente deseja registrar comandos). Palavras como “dispato” podem surgir na tela, quando o ideal seria “disparo”.