Serviço de música Spotify chega ao Brasil; assinatura grátis tem anúncios

Após um lançamento gradual a base de convites, o serviço de música por assinatura Spotify anunciou nesta quarta-feira (28) sua estreia oficial no mercado brasileiro. A empresa fundada na Suécia em 2006 oferecerá assinatura gratuita, que inclui a veiculação de propaganda, além de um modelo sem anúncios com mensalidade de US$ 6 (cerca de R$ 14,90).

A companhia ganhou notoriedade em mercados internacionais por estrear esse modelo "grátis" de distribuição de músicas em 2008. Nesse sistema, chamado Spotify Free, a propaganda é inserida no intervalo entre as faixas selecionadas pelo usuário.

O usuário que não pagar pelo serviço pode ouvir músicas apenas quando estiver conectado à internet (e não off-line) – seja via navegador ou usando um programa da própria empresa. No intervalo entre as músicas, o Spotify divulga spots publicitários, como acontece nas rádios tradicionais.

Já a assinatura Spotify Premium tem mensalidade de US$ 6 (aproximadamente R$ 14,90 no Brasil). Esse modelo não tem propagandas e ainda permite que as músicas sejam baixadas em um aplicativo do Spotify, disponível para dispositivos móveis com sistema operacional Android, BlackBerry, iOS ou Windows Phone. 

O download é feito como em um sistema de “comodato”: quando para de pagar, o usuário deixa de ter acesso ao conteúdo. Além disso, não é possível baixar um álbum e gravá-lo posteriormente em um CD, por exemplo.

Apesar da chegada oficial ao país, os brasileiros precisarão usar um cartão de crédito internacional -  o pagamento é feito em dólar americano. Em entrevista coletiva para anunciar a chegada ao Brasil, a companhia afirmou que trabalha para oferecer o plano de assinatura em real.

Presente em 57 países, o Spotify oferece um acervo de 30 milhões de músicas – a cada dia, a companhia diz adicionar 20 mil faixas. Gustavo Diament, diretor do Spotify para a América Latina, afirmou que foram registrados mais de 400 mil e-mails de pessoas interessadas no serviço no Brasil. No mundo, a empresa diz ter 40 milhões se usuários ativos (mais de 10 milhões seriam assinantes pagos).

Mais opções
A plataforma chega ao Brasil para concorrer com serviços como Rdio, Deezer e Napster, pois os três permitem ouvir músicas sem conexão à internet em dispositivos móveis, mediante o pagamento de uma assinatura. Entre essas plataformas, por enquanto só o Deezer tem um modelo que libera o acervo na web e veicula propagandas.

Desde 2000, a Rádio UOL oferece o serviço gratuito de músicas online. Sem veicular propagandas durante a programação, a plataforma permite que o internauta crie playlists e as escute em qualquer navegador conectado à internet.