Teste: apesar de deslizes, internet 3G funciona bem na Arena Corinthians

A Arena Corinthians, estádio que vai sediar os jogos da Copa do Mundo em São Paulo, recebeu estrutura especial, com antenas internas, para melhorar a internet móvel 3G no local. E o sistema realmente funcionou. Durante os testes realizados pelo UOL Tecnologia, na partida Corinthians x Botafogo, a banda larga 3G das principais operadoras se saiu muito saiu bem. O principal deslize aconteceu nos entornos do estádio.

Para fazer o teste, foram usados chips pós-pagos da Claro, Oi, TIM e Vivo em um smartphone Motorola Moto E. Todas as medições foram registradas nos mesmos locais.

Na arquibancada, sentado junto aos torcedores, o aplicativo CrowdMob foi ativado para medir a velocidade da conexão. Além disso, foram feitas atividades comuns: postar fotos e navegar no Facebook e Instagram, abrir vídeos no YouTube e baixar aplicativos.

As quatro operadoras foram bem em todas essas tarefas e tiveram desempenho parecido na medição da velocidade. A Vivo atingiu 1,8 Mbps (Megabits por segundo) de velocidade de download (ação que baixa um arquivo da internet) e 0,34 Mbps em upload (tarefa que envia um arquivo para a web). A Claro obteve 1,22 Mbps e 0,73 Mbps. A TIM alcançou 1,14 Mbps e 0,84 Mbps. A última colocada foi a Oi (0,59 Mbps e 0,04 de upload).

Mas essas diferenças tiveram pouco efeito prático na hora de fazer coisas na web.  Nenhuma das operadoras, por exemplo, levou mais de 5 segundos para abrir um vídeo no YouTube ou obrigou o usuário a esperar o vídeo carregar.

Postar fotos no Facebook ou Instagram, por exemplo, variou entre 6 e 10 segundos  - nunca mais do que isso. A mesma velocidade e fluidez apareciam na hora de navegar pelas redes sociais, em que várias imagens são carregadas ao mesmo tempo.

Deslizes

Essa qualidade caiu um pouco no intervalo do jogo, quando provavelmente muita gente começou a mexer no celular ao mesmo tempo – o público foi de cerca de 37 mil pessoas. Nesse momento, as quatro operadoras apresentaram um pouco de lentidão, mas o serviço ainda funcionou normalmente. Em vez de 3 segundos, eram necessários até 20 para subir uma foto no Instagram.

A maior falha da internet, no entanto, aconteceu no entorno das arquibancadas. Em áreas abertas, mas ainda no terreno do estádio, a conexão (das quatro operadoras) ficou muito lenta. Foram precisas diversas tentativas para subir uma foto no Facebook, por exemplo.

De acordo com a SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), os investimentos das operadoras foram focados, em primeira instância, onde há maior concentração de torcedores. A instituição afirma ainda que não houve tempo o suficiente para que a instalação fosse finalizada, já que seriam necessários 150 dias para completar o processo e o estádio foi liberado há cerca de 60 dias.