Topo

Google vai deixar de chamar aplicativos com itens pagos de "grátis"

Mudanças prometidas pelo Google serão feitas até o fim de setembro deste ano - Arquivo/Rene Tillmann/AP
Mudanças prometidas pelo Google serão feitas até o fim de setembro deste ano Imagem: Arquivo/Rene Tillmann/AP

Do UOL, em São Paulo

18/07/2014 14h38

De acordo com um documento publicado nesta sexta-feira (18) pela Comissão Europeia, o Google vai deixar de chamar os aplicativos com itens pagos de grátis no Google Play (loja de conteúdos da empresa). A empresa deve implementar essa e outras medidas para proteger crianças da compra desenfreada de recursos de jogos até o fim do mês de setembro.

A companhia ainda prometeu que vai criar regras para que programas não tenham pedidos explícitos para que as crianças comprem recursos extras de aplicativos. Além disso, por padrão, as compras de itens só ocorrerão após a confirmação do consumidor.

Essas alterações são para que a empresa se adeque à legislação da União Europeia. "A comissão apoia as inovações no ramo de aplicativos. As compras dentro dos programas são um modelo de negócios legítimo, mas é essencial que os desenvolvedores entendam e respeitem as regras da União Europeia", disse Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável por assuntos relacionados ao mundo digital.

Em documento, o órgão pede para que os jogos sejam claros ao dizer que contêm itens pagos, que eles não tenham pedidos explícitos para as crianças comprarem os itens e que os consumidores sejam adequadamente informados sobre os sistemas de pagamento.

A Apple, também citada no documento, foi criticada por ter dito que se adequaria, mas não ter revelado uma data para conclusão do processo. Em um comunicado divulgado no site “Engadget”, a companhia dá a entender que as mudanças estarão presentes no iOS 8, nova versão dos sistema móvel da companhia que deve ser liberada em outubro.

No início do ano, a Apple informou que iria pagar US$ 32 milhões a consumidores por compras indevidas em aplicativos para crianças. Na maioria das vezes, as aquisições foram feita sem consentimento dos pais.