Jovem de SP estoura na web com dança frenética no quintal de casa

Com uma câmera digital apoiada na janela do quarto e apontada para o quintal, Pedro Felipe de Jesus, 18, conseguiu mais de 18 milhões de visualizações no YouTube. Conhecido na rede como Fezinho Patatyy, o jovem de Itaquera, zona leste de São Paulo, ganhou fama na internet com vídeos em que dança o “passinho do Romano”.

Com apelido que junta seu segundo nome e uma homenagem à dupla de palhaços “Patati Patata”, Fezinho Paratyy é um dos vários dançarinos do passinho.A diferença é a atenção que ele recebe: com apenas um vídeo publicado em 18 de maio, ele conseguiu mais de oito milhões de visualizações no YouTube (ao todo, seu canal tem mais de 18 milhões). A título de comparação, as produções mais recentes do canal profissional “Porta dos Fundos” ficam na casa dos dois milhões.

O passo dançado por Fezinho tem origem no jardim Romano, na zona leste de São Paulo. Um dos moradores do bairro, conhecido como Magrão (Geovani do Divino Silva), começou a dançar nos bailes funks da região de uma forma diferente, que envolvia passos de robô em câmera lenta e a movimentação dos braços.

“Vi várias pessoas em um baile de rua no Cangaíba [na zona leste de São Paulo] dançando, no ano passado. No fim de 2013, fiquei sabendo que o criador da dança, o Magrão, morreu e várias pessoas começaram a prestar homenagem no YouTube. Resolvi fazer um também, só que no meu estilo”, explicou Fezinho.

O dançarino diz ter aprendido a dançar sozinho. Tudo o que sabe veio de treino em casa e vendo como outras pessoas dançam.

A fama com seu canal no YouTube tem rendido várias participações em apresentações de funk por São Paulo. Com o dinheiro desses trabalhos, conta Fezinho, já deu para comprar roupas novas e ajudar a pagar algumas contas de casa. No Facebook, há até fanpages dedicadas ao dançarino, como a página “Fezinho Patatyy - Passinho do Romano”, com mais de 50 mil curtidas.

Apesar do sucesso, Fezinho Patatyy ainda não ganha dinheiro com visualizações de seus vídeos no YouTube. Isso ocorre porque seu canal não é “monetizado” – ou seja, não recebe propagandas da ferramenta AdSense, do Google. Segundo ele, a plataforma de vídeos ainda está analisando a conta e, se tudo der certo, ele passará a lucrar e postar vídeos com qualidade melhor.

“Fui a um show em Praia Grande [a 71 km de São Paulo] e fiquei surpreso, pois tinha um monte de gente gritando quando subi ao palco. Nunca imaginei que aconteceria isso”, afirmou. Segundo ele, o assédio não é só feminino. “Vários moleques me elogiam, dizendo que querem dançar como eu.”