Teste avalia três tablets de sete polegadas que custam até R$ 500

Não dá para exigir muito de tablets com preço sugerido de até R$ 500 – os gráficos não são de última geração, as imagens são pouco vivas e aqueles jogos pesados engasgam. No entanto, uma opção desse tipo pode valer a pena para quem precisa de funções básicas, como navegar na internet, usar aplicativos de redes sociais, rodar aplicativos leves, monitorar e-mails e ler livros digitais.

Para testar tablets de sete polegadas com preço sugerido de até R$ 500, o UOL Tecnologia entrou em contato com as principais fabricantes presentes no Brasil (não foram considerados os modelos vendidos “extraoficialmente”). As companhias com produtos que atendiam aos critérios e toparam participar foram Philco, Multilaser e DL. Seus gadgets cumpriram bem as tarefas básicas e responderam bem ao toque (alguns aparelhos baratos praticamente só funcionam com murros).

A Samsung tem o tablet Samsung Galaxy Tab 3 Lite, mas não havia modelos disponíveis na época em que foram realizados dos testes. Outras empresas com alternativas dentro das especificações, mas que não tinham produtos para teste foram a Positivo, a CCE e a TecToy.

Abaixo, você confere uma tabela comparativa com as especificações, pontos positivos e negativos de cada modelo, além de um resumo sobre como eles se saíram nos testes. 

Avaliação 

DL I-Style (R$ 300)
Entre os três modelos testados na mesma rede, o aparelho da DL apresentou a melhor conexão Wi-Fi. Um vídeo de 30 minutos executado no YouTube consegue ser exibido perfeitamente, sem interrupções – ação inviabilizada com modelos Philco e Multilaser na mesma rede. Os recursos de tela e áudio também são pontos positivos. As imagens são bonitas e coloridas; o som é cristalino e claro. Além disso, ele tem o menor preço sugerido.

Em contraponto, a câmera digital do I-Style é apenas frontal e tem somente 0,3 megapixel (VGA). Sua resolução é baixa e enche as imagens captadas com pontinhos. Pior do que o conjunto fotográfico está a questão do superaquecimento. Após cerca de 30 minutos de uso contínuo, o usuário é obrigado a parar de utilizá-lo e deixá-lo descansando.

Multilaser M7-S (R$ 350)
O tablet da Multilaser tem um bom sensor de toque (a tela responde bem aos comandos) e também áudio cristalino. Sua única câmera digital tem apenas 1,3 megapixel, mas cumpre bem o que promete. O computador tem ainda um filtro à lá Instagram integrado, para efeitos, bordas e outros retoques bacanas nas fotos.

Assim como o modelo da Philco, o maior problema com este aparelho é o Wi-Fi. Ele trava ao entrar no Facebook e, depois, cai. É necessário esquecer a rede móvel, conectá-la novamente, esperar uns 20 minutos e somente depois ele volta a operar. O M7-S também possui problemas na exibição de cores – boa parte delas fica sem graça e opaca.

Philco PH7G-B211A4.2 (R$ 400)
O aparelho da Philco apresentou a melhor câmera digital entre os três modelos testados. São duas, sendo a principal com 2 megapixels as imagens têm boa qualidade e podem ser panorâmicas; também dá para gravar vídeos). Seu design também é o mais bonito. Disponível nas cores preto, branco e rosa, o modelo possui a parte de trás metálica e com textura antiderrapante.

O seu principal ponto negativo é Wi-Fi, com conexão superlenta e quedas. Um jogo que demora apenas um minuto para baixar levou cerca de cinco minutos neste tablet.

A exibição de cores é outro ponto em que o modelo vai mal: os vídeos online perdem todo seu brilho, cor e vivacidade. O áudio também não é o dos melhores. Apesar de ser alto e não apresentar distorções, o som parece estar dentro de uma caixa, reproduzindo ecos.