Após protestos nas ruas, governo da Hungria recua sobre taxação da internet
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban afirmou, nesta sexta-feira (31), que o governo vai repensar a lei que taxa a internet no país. Segundo ele, “o objetivo era taxar as telecomunicações, mas da maneira como foi elaborada a lei, estavam taxando a internet”. O anúncio veio depois de diversas manifestações nas ruas da capital Budapeste. As informações são do site “Sky News”.
Orban disse ainda que o projeto será analisado em um longo período de “consulta nacional”, de forma que a nova lei agrade a população. Não há um prazo para que isso ocorra.
O objetivo da taxa é ajudar o país a sanar débitos. Como a maioria das pessoas usa a internet, essa seria uma forma de recuperar a arrecadação perdida com a redução do uso de telefonia no país.O projeto propõe, por exemplo, taxar em 150 forintes (cerca de R$ 1,56) por cada gigabyte trafegado.
Milhares de húngaros foram às ruas de Budapeste protestar na noite do último domingo (26) contra a medida. Os manifestantes alegam que a medida aumentaria a carga tributária do país e ainda feriria direitos democráticos fundamentais, como a liberdade de expressão.
"O movimento segue uma onda de medidas antidemocráticas tomadas por Orban, que tem feito a Hungria se distanciar mais da Europa", informam no Facebook os organizadores dos protestos . "O projeto impediria o acesso igualitário à internet, aprofundando a divisão entre grupos econômicos e limitando o acesso à internet a pessoas pobres."
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