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Moto X 2014 tem hardware mais vitaminado e melhorias no comando de voz

Moto X tem ótima interface com o usuário e gravação de vídeos em 4K - Divulgação
Moto X tem ótima interface com o usuário e gravação de vídeos em 4K Imagem: Divulgação

Sérgio Vinícius

Do UOL, em São Paulo

31/10/2014 06h00

A nova versão do smartphone Motorola Moto X segue a tendência de seu antecessor (Moto X 2013). Ele tem como ponto forte a boa configuração de hardware, integração total com o Google, ótimos suportes a comandos de voz e preço bacana (R$ 1.500) quando comparado com tops do mercado – como iPhones, Galaxys, Lumias que não saem por menos de R$ 2.000. Em resumo, é um dos melhores custo-benefício das prateleiras brasileiras (talvez atrás somente do Moto G ou mesmo do Moto X 2013, que fica imediatamente mais barato e já é encontrado por a partir de R$ 1.050 em sites de comparação de preço).

Entre as novidades que o novo Moto X traz em relação ao modelo anterior está a tela um tanto maior, de 5,2 polegadas (um pouco grande demais para pessoas com mãos pequenas, já que tem dimensões em 14 x 7 cm). Seu processador quad-core de 2,5 GHz e a capacidade de filmar em 4K (embora sua tela não possa reproduzir essa definição com perfeição) também agradam a usuários exigentes. Por falar em tela, as imagens e o áudio reproduzidos no smartphone são bons demais. Cores vibrantes de imagens que rodam sem que o telefone pense muito – tanto por streaming como via armazenamento local. A câmera de 13 Mpixels é boa, mas para usuários comuns, a do anterior, de 8 Mpixels, já era mais do que satisfatória – com cores vivas, imagens bem delineadas independentemente da luminosidade do local.

Outro de seus grandes atrativos continua sendo a interface com o usuário. Por conta de um acelerômetro esperto, ele percebe que seu dono está chegando perto e acende a tela de proteção – mostrando se há mensagens pendentes, por exemplo. Ao levantá-lo ou virá-lo, o mesmo acontece. Do ponto de vista de comandos de voz, ele continua muito bem. Assim como na edição anterior, basta pedir algumas ações que ele obedece, muitas vezes respondendo em alto e bom som. Entre elas, destacam-se ligar para alguém, ler mensagens que chegam, acertar o alarme, descobrir como está o clima ou ainda em que ano tal artista morreu (ele responde dúvidas por meio do Google). Basta pedir e ele responde.

Outro ponto que agrada é o sistema que entende onde o usuário está e realiza ações de forma personalizada. Por exemplo, se a pessoa está no carro, dirigindo, ele entende a ação e pode ler mensagens que chegam, em vez de dar um sinal sonoro. Em casa, ele pode avisar quem está ligando, em vez de tocar o ringtone. Em reunião, ele fica mudo. Nada disso é novidade, dado que no Moto X anterior também havia esse “suporte personalizado a situações”.

Outro item que a Motorola embarcou no smartphone que também pode agradar quem está pensando em trocar de telefone é a configuração que importa dados de outro celular. Qualquer usuário de telefone Android ou iOS pode enviar ao Moto X itens como arquivos e apps por meio de poucos cliques, de forma automática. Basta abrir o configurador do novo Motorola e baixar um app no telefone a ser aposentado. Em poucos passos, o novo smartphone recebe quase tudo o que o usuário tem no telefone. Nos testes realizados pelo UOL Tecnologia, o processo funcionou com perfeição. Foi realizado com um smartphone Samsung Galaxy 3 Mini e com um Moto X 2013, ambos em contato com o novo Moto X. De acordo com a fabricante, isso é realizado com qualquer telefone dotado de Android a partir do 4.2.

Dos pontos negativos do telefone, pode-se citar seu preço se for considerado a concorrência com o Moto X anterior, que ele está quase R$ 500 mais barato, e, em termos de desempenho na prática, até que anda lado a lado com a nova versão (esta confuso). Outro ponto é que o Moto X agora é vendido com uma carcaça que simula madeira. De gosto duvidoso, pode desagradar usuários tradicionais ou menos exigentes. Por fim, a duração de sua bateria deixa a desejar, rodando somente cerca de 20 horas com o telefone em uso diário (mas com o GPS ligado, já que é um dos itens responsáveis por identificar onde o usuário está e acionar o modo personalizado).