Internet está fora do ar na Coreia do Norte, diz especialista
Menos de uma semana após o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos) acusar a Coreia do Norte de estar por trás do ataque cibernético à Sony Pictures, o país asiático ficou esta segunda-feira (22) com o acesso à internet interrompido.
Segundo Doug Madory, diretor da DYN Research, uma empresa que monitora o desempenho da rede mundial de computadores, trata-se de um ataque massivo ao país.
De acordo com a DYN Research, desde a manhã desta segunda, a internet no país apresentava instabilidade. No entanto, a situação foi piorando e o acesso à rede está praticamente nulo há três horas.
A suspeita é de que um ataque DDoS (negação de serviço) está atrapalhando os roteadores e servidores. Com essa técnica, hackers conseguem tirar dispositivos de uma rede ao sobrecarregá-lo com tráfego.
O problema de acesso à internet na Coreia do Norte vem após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter dito que responderia à altura aos atos de "cibervandalismo" do país asiático.
A DYN Resarch testa o desempenho de internet ao conectar-se com vários endereços. Ao tentar entrar em contato com endereços norte-coreanos, a companhia percebeu que havia um problema.
"Parece que nas últimas 24 horas, a situação foi ficando progressivamente pior até sair totalmente do ar", disse. "Isso significa que ninguém no mundo pode transmitir algo para a Coreia do Norte e nem eles podem enviar algo para fora do país."
EUA x Coreia do Norte
A Coreia do Norte é suspeita de realizar um ataque cibernético contra a Sony Pictures. Com a proximidade do filme "A entrevista", uma comédia que faz referências ao país asiático, hackers roubaram uma série de informações de funcionários e do estúdio de cinema. A companhia, inclusive, adiou a estreia do filme após receber ameaças.
O FBI disse que investigou o ataque e confirmou que a Coreia do Norte era responsável pela ação que atingiu a Sony Pictures. O país asiático rebate as acusações e ainda sugeriu que os países trabalhassem juntos. (Com "NBC" e "The New York Times")
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