Estudo aponta desconexão de medidores de desempenho com realidade

Um estudo norte-americano revela imprecisões nos gadgets medidores de desempenho pessoal, que, dentre as funções, calculam o número de calorias queimadas na prática de exercícios físicos. Segundo pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, os resultados chegam a apresentar uma variação de até 40% do desempenho real.

Foram analisados sete dos modelos mais populares: Actigraph GT3x+, BodyMedia Core, Fitbit Flex, Jawbone UP 24, Misfit Shine, Nike+ Fuelband SE e Polar Loop. Todas elas apresentaram taxa de precisão superior a 10%. O maior índice foi detectado no Polar Loop (40%), seguido pela Misfit Shine (30%).

Os resultados apontaram a BodyMedia Core como o dispositivo mais preciso. Já o Fitbit Flex ocupou o segundo lugar. Com 15% e 18%, respectivamente, Jawbone Up24 e Nike Fuelband SE apareceram em terceiro e quarto lugar.

Em entrevista ao tabloide britânico "DailyMail", ao explicar a importância da análise do grau de precisão desses monitores de desempenho, Yang Bai, principal pesquisador do estudo, citou os números das vendas desses gadgets. Segundo ele, mais de 70 milhões de faixas de pulso, pulseiras de peito, rastreadores de tornozelo e relógios esportivos "inteligentes" foram vendidos em todo o mundo no ano passado.

O estudo contou com a colaboração de 50 pessoas consideradas saudáveis, com idade entre 18 e 65 anos. Os voluntários praticaram três atividades diferentes de intensidade variável. Foram 20 minutos de atividade sedentária --tais como ler, assistir TV ou digitação--, outros 25 minutos de exercícios aeróbicos em uma esteira e, por fim, 25 minutos de exercícios de resistência, com cinco minutos de descanso entre as atividades.

Durante os exercícios, os participantes usaram os dispositivos testados e foram monitorados pelo Oxycon Mobile, um sistema portátil que mede calorias queimadas, analisando os níveis de oxigênio no ar exalado.