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Cliente é chamado de mal educado em fatura de celular

Francisco Liberto de Oliveira Junior/Arquivo Pessoal
Imagem: Francisco Liberto de Oliveira Junior/Arquivo Pessoal

Larissa Leiros Baroni

Do UOL, em São Paulo

12/02/2015 16h18

Após reclamar de uma cobrança indevida na conta de telefone móvel no mês anterior, o corretor de imóveis Francisco Liberto de Oliveira Junior, 38, ficou surpreso ao ver a fatura de fevereiro.  O problema, dessa vez, nada tinha a ver com o valor, mas sim como seu nome. Isso mesmo! As palavras #fraude e #mau educado (e o pior, com a grafia errada) se destacavam no campo destinatário da correspondência.

"Me senti totalmente ofendido e muito triste. Peguei até nojo de continuar usando a linha, apesar de não a ter cancelado por enquanto", disse o morador de Macapá (AP), que acredita que a ofensa tenha sido consequência da reclamação que havia feito no mês anterior por causa de uma cobrança indevida no valor de R$ 24,90.

Em uma ligação com duração de 1h20, Oliveira Junior disse ter consultado a operadora pelo call center para pedir o ressarcimento do valor referente a um produto adicional a qual não tinha contratado. A atendente, segundo ele, teria sido extremamente grosseira. "Respondi à altura. Não fui arrogante ou mal educado, apenas fui firme em meu posicionamento. Não poderia ficar calado. Me senti lesado e roubado." 

Francisco Liberto de Oliveira Junior, 38 - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Francisco Liberto de Oliveira Junior, 38
Imagem: Arquivo Pessoal

O telefonema não resolveu nada. Para conseguir o dinheiro de volta, o corretor de imóveis teve que registrar uma reclamação na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). "Estava satisfeito com a devolução da grana e, para mim, a situação estava resolvida, até que chegou a fatura do dia 10 de fevereiro", disse ele.

Oliveira Junior decidiu reabrir a reclamação na Anatel para reivindicar um pedido de desculpas formal da Vivo --operadora responsável pelo caso. Mas não obteve nenhuma resposta até então. Também registrou um BO (Boletim de Ocorrências) na Polícia Civil denunciando a empresa por injúria, calúnia e difamação.

"Ainda não sei se vou ou não levar o caso à Justiça, mas fiz o boletim apenas para ter uma prova do que a empresa me fez passar", disse ele, que ainda não consultou nenhum advogado, mas desde que seu caso ganhou repercussão nas redes sociais alguns profissionais já entraram em contato com ele demonstrando interesse em representá-lo. 

Em nota, a Telefônica Vivo lamenta o ocorrido e já está apurando os fatos para, se for o caso, tomar as providências administrativas cabíveis.