Smartphone FX-0 com sistema Firefox destoa pelo hardware e design elegante
Há dois anos, a Mozilla apresentou o Firefox OS no Mobile World Congress. De lá para cá, a plataforma foi embarcada numa série de dispositivos simples. Na edição deste ano da feira de tecnologia de Barcelona, a companhia exibiu pela primeira vez um smartphone premium com seu sistema operacional. Chamado FX-0, o dispositivo foi produzido pela LG sob encomenda da operadora japonesa KDDI.
O FX-0 vem com processador quad-core de 1,2 GHz, duas câmeras (sendo a traseira de 8 megapixels e a frontal de 2,1 megapixels), conexão 4G e 16 GB para armazenamento (expansível com cartão de memória microSD). Ele começou a ser vendido no Japão em janeiro deste ano por cerca de US$ 500 (cerca de R$ 1.400). Porém, essa é a primeira vez o aparelho é mostrado publicamente fora de seu país de origem.
O aparelho chama a atenção por distinguir dos outros dispositivos com a plataforma (geralmente, com pouco hardware, pois foram feitos para serem smartphones de entrada) e pelo belo design assinado pelo artista japonês Tokujin Yoshioka. Seu corpo é todo translúcido e dourado, permitindo que o usuário consiga ver sistemas internos.
A experiência do usuário na interface é simples e lembra o iOS (da Apple) e o Android (do Google) pela estrutura de ícones. Ele só conta com uma tela inicial e a navegação entre os apps é feita arrastando o dedo apenas para baixo ou para cima.
Além dos controles de volume, o FX-0 tem apenas um botão inicial na parte frontal. Qualquer tentativa de "voltar para a situação anterior" pode ser feita ao arrastar a tela ou apertando esse botão, que vai levar o usuário de volta à tela inicial.
Nesses dois anos, a Mozilla, junto com fabricantes de telefones móveis, informou que há dispositivos Firefox OS em boa parte dos países em desenvolvimento e alguns desenvolvidos, como Estados Unidos e Espanha. No Brasil, a plataforma teve azar, pois os aparelhos foram lançados com preço muito próximo ao de smartphones Androids baratos.
O ponto negativo da plataforma é a falta de aplicativos. No contato da reportagem, foi possível ver que há versões móveis das principais redes sociais. No entanto, ainda não tem programas considerados importantes no Brasil, como o WhatsApp. Segundo um dos promotores da marca, há mais de 5.000 apps contra quase meio milhão da plataforma do Google.
* O jornalista viajou a convite da Samsung.
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