Smartphones são viciantes e deveriam conter alertas de saúde, diz estudo
Um estudo da Universidade de Derby, no Reino Unido, constatou que os smartphones são psicologicamente viciantes e recomendou que a vendas desses dispositivos estivessem atreladas a alertas de saúde.
A pesquisa envolveu 256 usuários de smartphones, que responderam questões sobre a interação deles com o dispositivo e sobre seus traços de personalidade.
Ao todo, 13% deles foram identificados como viciados na tecnologia, gastando em média 3,6 horas por dia no celular. As redes sociais foram relatadas como sendo os aplicativos mais usados (87%), seguidos dos de mensagens instantâneas (52%) e dos de notícias (51%).
A maioria dos entrevistados disse ainda que o uso do celular já causou distração em diferentes aspectos de suas vidas, incluindo emprego, hobbies e estudos.
"As pessoas precisam saber o potencial de dependência das novas tecnologias", disse o co-autor do estudo, Zaheer Hussain, em entrevista ao jornal americano "The Guardian".
Segundo ele, os efeitos dos smartphones não são tão agressivos como os do cigarro ou do álcool, mas o pesquisador sugere que os dispositivos passem a apresentar uma advertência de saúde. "Ele [o aviso] poderia ser emitido antes da compra ou antes de um aplicativo ser baixado."
Como explicou o estudo, o narcisismo está ligado ao vício. "O narcisismo é um traço de personalidade negativa e se uma pessoa está passando muito tempo no Facebook ou Twitter são mais propensos a apresentar esses tipos de traços", afirmou Hussain, que disse não ser anti-smartphones e ser usuário do dispositivo. Ele enfatiza ser contrário exclusivamente ao vício que o telefone pode causar em seus usuários.
De acordo com o estudo, "se os efeitos adversos dos smartphones fossem bem divulgados, os usuários poderiam perceber que apesar de usar o dispositivo para melhorar a comunicação, pode facilmente levar a ações narcisistas que potencialmente pode degradar relações interpessoais."
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