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Hackers usam aplicativo "espião" para extorsão sexual

Segundo a Trend Micro, hackers estão usando um aplicativo Android para extorquir vítimas com seus dados pessoais - Getty Images
Segundo a Trend Micro, hackers estão usando um aplicativo Android para extorquir vítimas com seus dados pessoais Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/03/2015 11h12Atualizada em 24/03/2015 15h34

Um novo ataque tem usado um aplicativo para sistema Android para extorsão sexual. De acordo com a empresa de segurança Trend Micro, que descobriu a fraude, além de induzir vítimas a se exporem pela internet (enviando fotos ou vídeos sexuais), eles usam uma aplicação para smartphone que rouba senhas e contatos. Com esses dados em mãos, os cibercrminosos pedem dinheiro para as vítimas. As informações são do "The New York Times".

De acordo com os pesquisadores da companhia, os criminosos fazem contato em ferramentas de conversa, como Skype ou KakaoTalk (uma "espécie de WhatsApp", que é famoso em países asiáticos). Após conseguir os materiais sexuais, eles alegam que há um problema e convencem as vítimas a instalarem um aplicativo malicioso para Android, que rouba senhas armazenadas, número de telefone e os contatos da pessoa.

Dependendo do software indicado no golpe, é possível que o smartphone da vítima envie cópias de chamadas e mensagens de texto aos cibercriminosos.

Após analisar e-mails, contas bancárias e perfis em redes sociais dos golpistas, a Trend Micro concluiu que esse tipo de ataque é feito por hackers asiáticos e os principais alvos foram chineses e sul-coreanos.

Esse tipo de extorsão representa uma sofisticada mudança na forma de aplicar golpes pela internet. O mais comum nesses casos era de pessoas que fingiam ser alguém do sexo oposto e forçava uma vítima a se expor com fotos ou vídeos sexuais. Depois, esse usuário mal-intencionado ameaçava publicar os materiais em troca de algo (dinheiro ou favores sexuais).

Em 2008, um adolescente norte-americano aplicou esse tipo de golpe em colegas de classe e foi condenado a 15 anos de prisão em 2010.

Em 2014, a Interpol e a Polícia Nacional das Filipinas prenderam 58 pessoas que se passavam por mulheres atraentes para obter conteúdos sexuais de homens. Após promoverem uma série de conversas em vídeo por Skype, eles cobravam entre US$ 500 e US$ 15 mil para não tornar público esses materiais.