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Windows 10 terá o substituto do Internet Explorer: Microsoft Edge

Tela do navegador Microsoft Edge, da Microsoft, que vai substituir o IE no Windows 10 - Reprodução
Tela do navegador Microsoft Edge, da Microsoft, que vai substituir o IE no Windows 10 Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/04/2015 15h39Atualizada em 29/04/2015 16h05

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira (29) o nome do substituto do Internet Explorer. Chamado de "Project Spartan" durante a fase de testes, a empresa de software batizou o novo navegador de Microsoft Edge. O browser vai estar disponível apenas para Windows 10, que deve ser lançado durante o verão no Hemisfério Norte – rumores recentes apontam que será em julho.

Segundo a empresa, o navegador terá um recurso para tomar notas, obedecerá a pedidos da assistente pessoal Cortana e terá uma experiência melhorada de leitura, com menos itens para distração.

Ao abrir uma nova aba no navegador Edge, ele exibirá os sites mais acessados, permitirá fazer buscas, exibirá informações úteis e notícias relevantes. Esses conteúdos vão aparecer baseado na análise de uso do Windows 10. Se uma pessoa busca mais por esportes, por exemplo, essa tela inicial mostrará mais informações sobre isso.

Tela do navegador Project Spartan, da Microsoft; browser será o principal no Windows 10 - Divulgação - Divulgação
Tela do Microsoft Edge, da Microsoft; que vai ser o principal navegador no Windows 10
Imagem: Divulgação

Para tornar o navegador mais atrativo aos usuários, a empresa desenvolveu uma forma de migrar complementos presentes no Firefox e no Chrome para o Microsoft Edge.

Apesar do Edge, a ideia da Microsoft é manter ainda o Internet Explorer no Windows 10. O navegador seria usado, prioritariamente, em aplicações no ambiente corporativo, enquanto a nova opção seria o browser principal do novo Windows.

Um aplicativo para todos dispositivos Windows 10

Como já fora anunciado, o Windows 10 será gratuito no primeiro ano após o lançamento. A companhia espera que em um ano haja mais de 1 bilhão de dispositivos rodando a nova plataforma, tornando o software da companhia o mais instalado em dispositivos.

Durante a apresentação, Terry Myerson, vice-presidente da divisão Windows da Microsoft, mostrou o aplicativo do jornal "USA Today" para a Windows 10. Com apenas um código, o programa se adapta ao dispositivo. No smartphone, exibiu imagens e vídeos. Já no XBox, por exemplo, há um filtro para o disponibilizar apenas vídeos -- aliás, ninguém vai ligar o console para ler notícias.

“No ambiente Apple, por exemplo, o desenvolvedor vai precisar fazer um aplicativo para a Mac ou para a App Store [loja de apps para iPhone e iPad]. No Windows 10, só será necessário fazer um programa que funcionará em diversos dispositivos”, explicou Myerson.

O novo Windows contará com uma loja de aplicativos que funcionará em diferentes dispositivos. A Windows Store, como é chamada, venderá softwares via cartão de crédito e até cobrança via operadoras de telefonia.

Apps de Android e iOS “funcionarão” no Windows 10

No evento para desenvolvedores, a Microsoft informou que facilitará a migração de aplicativos feitos em sistemas concorrentes para Windows 10. A companhia desenvolveu um sistema que reutiliza códigos feitos em, Java, C++ (ambas usadas no Android)  e Objective C+ (usado no iOS).

A ferramenta da Microsoft, basicamente, pega esse código e permite ao desenvolvedor fazer adaptações ao sistema da gigante de software.

Além disso, a empresa disse que programas Win32 – feitos para Windows 7 e versões anteriores -- continuarão a funcionar no novo  sistema.

Hololens

No evento, a empresa mostrou mais detalhes sobre o investimento da companhia em computação holográfica com o Hololens (óculos de realidade virtual) e o Windows Holographic (o sistema que transforma qualquer espaço aberto em um ambiente computacional).

Durante a demonstração, por exemplo, um usuário do Hololens começou a rodar um vídeo na parede de sua casa com comandos de voz. Ao se movimentar, ele pediu para o vídeo segui-lo, para que não perdesse o que estava vendo enquanto ia para outro cômodo.

“Com a computação holográfica podemos conectar o mundo digital ao mundo real. É possível reinventar a produtividade criando experiências que não eram viáveis com nenhum outro dispositivo disponível no mercado”, disse o brasileiro Alex Kipman, que é um dos desenvolvedores dos óculos da Microsoft.

Demonstração do Hololens durante evento da Microsoft; óculos permite "rodar" vídeos em uma parede - Reprodução - Reprodução
Demonstração do Hololens em evento da Microsoft; óculos permite "rodar" vídeos em uma parede
Imagem: Reprodução