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Além de música, Deezer passa a oferecer podcasts; serviço virá ao Brasil

Após aquisição de empresa de podcasts, Deezer ganhará mais de 20 mil episódios - Divulgação
Após aquisição de empresa de podcasts, Deezer ganhará mais de 20 mil episódios Imagem: Divulgação

Guilherme Tagiaroli*

Do UOL, em Londres

19/05/2015 11h00Atualizada em 02/06/2015 11h04

O serviço de transmissão de música Deezer anunciou nesta terça-feira (19) que vai passar a oferecer podcasts (espécie de “programas” em áudio publicados pela internet) dentro de sua própria plataforma. Com isso, a empresa torna-se a primeira a juntar música com podcasts.

“A ideia é integrar a experiência dos consumidores de ter música e podcasts em um mesmo local”, disse Hans-Holger Albrecht, diretor-executivo do Deezer, em entrevista ao UOL.

A novidade por enquanto vai ser disponibilizada apenas no Reino Unido, na Suécia e na França, tanto para os assinantes que pagam quanto para os que não pagam. O Brasil ainda não será contemplado na primeira fase. No entanto, a empresa diz que a funcionalidade estará disponível nos “próximos meses”, sem especificar uma data, e que o país é estratégico para a companhia.

“O Brasil é muito importante para a gente. Nós começamos nossas atividades em 2013, inclusive, antes do Spotify [seu principal concorrente]. O país é um de nossos mercados-chave, com França, Reino Unido e Alemanha”, afirmou Albrecht.

A nova funcionalidade tem relação com a junção da plataforma de podcasts Stitcher, adquirida em 2014, ao serviço de música do Deezer. Segundo a companhia, na estreia estarão disponíveis 20 mil programas de notícia, entretenimento, comédia e esportes.

Dentre os parceiros da companhia para a estreia estão a revista norte-americana “Slate”, o jornal britânico “Financial Times”, o programa de rádio “Monocle 24”, a rádio francesa “Radio Nova”, a revista francesa “Télerama” e a rádio sueca “Sveriges Radio”.

Para escutar podcasts, os usuários, basicamente, têm duas opções: ouvir diretamente pela internet em um navegador ou baixando um aplicativo separado.

Com a iniciativa, o Deezer tenta se diferenciar dos outros concorrentes no mercado. A empresa, fundada em 2007 na França, diz ter 16 milhões de assinantes – desses, 6 milhões são pagantes.

Em comparação, o Spotify, considerado o maior serviço dessa categoria, diz ter 60 milhões de usuários ativos, sendo 16 milhões pagantes.

No Brasil, ainda atua o Google Play Música e o Rdio (pronuncia-se "ardio"). Disponível no Brasil desde 2012, a empresa não revela número de usuários.

Como a maioria dos serviços de streaming, o Deezer conta com dois tipos de assinaturas: uma gratuita, na qual o usuário tem acesso às músicas apenas pela web e escuta propagandas nos intervalos das faixas; e uma paga, que custa R$ 14,90 por mês. 

* O jornalista viajou a convite do Deezer.