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Busca do Google agora exibe tuítes, mas será que isso ajudará o Twitter?

Nova parceria entre Google e Twitter possibilita a busca de tuítes - Divulgação
Nova parceria entre Google e Twitter possibilita a busca de tuítes Imagem: Divulgação

Sarah Frier

21/05/2015 07h02

Os tuítes começaram a aparecer nos resultados das buscas do Google e as ações do Twitter subiram um pouco. Provavelmente não seja uma coincidência. Os investidores esperam que esse acordo ajude a empresa a capturar uma audiência maior e transforme os visitantes casuais, que podem esbarrar em um tuíte ao navegar na internet, em membros ativos.

Embora o Google esteja dando ao Twitter uma bela vitrine para o seu conteúdo, a experiência deixa um pouco a desejar. O tuíte completo, incluindo uma foto se houver, aparece na página de pesquisa. Se o usuário clica nele, é levado ao site do Twitter, que inclui a mesma informação, juntamente com o número de retuítes e a classificação como favorito que a postagem recebeu. (Se você não é usuário do Twitter, esses números significam alguma coisa para você?). No alto da página, para quem não é membro, há botões gigantes que dizem "Inscreva-se" e "Entrar". Ao clicar em qualquer outro botão da página, uma janela pop-up implora novamente que você se inscreva no Twitter.

Em um momento em que a empresa está com dificuldades para aumentar a base de usuários no mesmo ritmo de antes, parte fundamental da estratégia do Twitter envolve atrair pessoas de outras partes da web. O Twitter vem trabalhando na experiência dos usuários que utilizam computadores desktop, adicionando uma nova homepage que permite que as pessoas naveguem pelos tuítes sobre determinados tópicos, como Nascar ou animais bonitinhos.

James Cakmak, analista da Monness, Crespi, Hardt Co., diz que o acordo com o Google mostra que o Twitter ainda deixa a desejar quanto aos dispositivos móveis.

Com a atual implementação, o Twitter corre o risco de atrair o clique das pessoas para os tuítes para em seguida repeli-las com os pedidos desesperados para que se inscrevam ou efetuem login se querem mais, diz ele. "A experiência é muito boa nos resultados de busca, mas isso não necessariamente se relaciona com o engajamento, a monetização e a conversão", diz Cakmak. "Não há nada nas plataformas móveis que chame a atenção. A experiência do usuário logado é pouco notada no desktop e eles vêm trabalhando nisso desde novembro."

Um porta-voz do Twitter preferiu não comentar. O CEO do Twitter, Dick Costolo, disse em abril que o grande negócio do acordo com o Google "é que as pessoas consumam e se engajem com o conteúdo, independentemente de estarem logadas ou não".