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Dólar alto e crise fazem mercado de smartphone ter queda, diz IDC

Cotação alta do dólar fez aparelhos topo de linha custarem até R$ 200 a mais - iStock
Cotação alta do dólar fez aparelhos topo de linha custarem até R$ 200 a mais Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

02/07/2015 13h30

O mercado brasileiro de smartphones tem sido diretamente influenciado pela crise econômica do país e a alta cotação do dólar. Em função disso, o volume de vendas de dispositivos diminuiu consideravelmente nos meses de abril e maio deste ano. As informações são do estudo “Mobile Phone Monthly Tracker” publicado nesta quinta-feira (2) pela consultoria de mercado IDC.

Em abril, foram vendidos cerca de 4,86 milhões de unidades (1% a menos que o mesmo período em 2014). Já em maio a queda foi mais substancial, chegando a 3,89 milhões de unidades vendidas (16% a menos que o mesmo período de 2014). Nem datas como Dia das Mães ou o Dia dos Namorados ajudaram para que os resultados fossem positivos

“Prevíamos um crescimento de pelo menos 5%, mas agora trabalhamos com volume negativo. Isso é reflexo do momento econômico do Brasil. Em 2014, quando o mercado de smartphones estava forte, houve um aumento de 56% frente ao segundo trimestre de 2013", explica Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil.

Dólar caro fez aparelhos encarecerem

Segundo a consultoria IDC, a alta cotação da moeda norte-americana influenciou diretamente no preço dos aparelhos vendidos no Brasil.

Em aparelhos intermediários, houve uma adição que varia entre R$ 30 e R$ 60 nos preços. Já em smartphones topo de linha, o aumento variou entre R$ 100 e R$ 200.

A mudança no cenário econômico fez a consultoria mudar suas estimativas para o mercado de smartphones em 2015. A consultoria esperava que fossem comercializadas cerca de 63 milhões de unidades. Agora, a empresa considera que o ano deve fechar com 54 milhões de smartphones comercializados.

Apesar do cenário negativo, a IDC diz que ainda há oportunidade para as fabricantes. Segundo a consultoria, uma alternativa é tentar convencer donos de aparelhos de entrada a migrarem para smartphones de entrada.  

O mercado de feature phones (celulares simples e sem sistema operacional robusto) no Brasil representa 45% da base de usuários de celular. O restante é composto por smartphones.