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A vida está no celular? Veja como se prevenir se perder memória digital

Larissa Leiros Baroni

Do UOL, em São Paulo

15/07/2015 06h00

Os smartphones têm se transformado na "extensão da memória dos usuários". E quem diz isso é uma pesquisa recente feita pela Kaspersky, que reconheceu a existência da chamada "amnésia digital". Passamos a esquecer informações que foram confiadas aos dispositivos, mas isso tem tornado as pessoas cada vez mais dependentes da tecnologia, como explica Fabio Assolini, analista de segurança da empresa.

O estudo --realizado com 6.000 consumidores com 16 anos ou mais em seis países europeus-- encontrou evidências de amnésia digital em todas as faixas etárias, e proporcionalmente iguais entre homens e mulheres. Mais da metade dos adultos disseram que poderiam ligar para o número de telefone da casa onde moravam quando tinham 10 anos de idade, mas não para seus filhos (53%) ou para o trabalho (51%) sem antes consultar o número no celular. Cerca de um terço não conseguiu ligar nem para o namorado usando apenas a memória.

"Descartamos de nossas memórias toda informação que pode ser armazenada num smartphone pessoal, que está sempre ao alcance das mãos. Hoje, as pessoas não guardam mais números de telefone justamente porque a tecnologia nos facilitou o acesso a essa informação", relatou Assolini. Mas será mesmo que esses dispositivos estarão sempre à sua disposição? Já imaginou o que faria caso o perdesse ou se ele quebrasse? 

Essa repórter aqui, por exemplo, teve o smartphone roubado em plena avenida Paulista --uma das principiais vias de São Paulo. Como avisar a mãe que a aguardava para uma carona? O problema não era nem a falta de telefone --já que havia um orelhão muito próximo do local--, mas sim o desconhecimento do número do celular da própria mãe. A solução foi ligar para o telefone residencial da família e contar com a ajuda do irmão para intermediar o contato. Que situação...

Se você não quer ser um refém do smartphone, veja aqui algumas precauções: