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Número de vírus para smartphones triplica; Brasil é um dos mais afetados

No segundo trimestre de 2015, segundo a Kaspersky, foram detectados 291.800 novos programas maliciosos com foco em dispositivos móveis - iStock
No segundo trimestre de 2015, segundo a Kaspersky, foram detectados 291.800 novos programas maliciosos com foco em dispositivos móveis Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

31/07/2015 13h26

O número de vírus para dispositivos móveis quase que triplicou no segundo trimestre de 2015, segundo relatório da empresa de segurança digital Kaspersky. No período, foram detectados 291.800 novos programas maliciosos com foco em smartphones, 2,8 vezes mais do que no primeiro trimestre do ano.

Os principais alvos dessas ameaças, de acordo com o levantamento, continuam sendo os aplicativos de bancos. O arquivo malicioso Trojan-SMS.AndroidOS.OpFake.cc, por exemplo, foi capaz de atacar 114 desses apps, quatro vezes mais que no primeiro trimestre. Seu principal objetivo é roubar as credenciais de login do usuário, usadas para atacar vários aplicativos de e-mail populares.

Ao todo, foram recebidas 5,9 milhões de notificações de tentativas de infecções por malware para roubar quantias em dinheiro via acesso online a contas bancárias. Cingapura lidera o ranking dos usuários mais afetados, com 5,3% dos ataques. Na sequência, aparecem Suíça (4,2%), Brasil (4%), Austrália (4%) e Hong Kong (3,7%).

Como constatou a Kaspersky, a maioria dos países mais afetados é tecnologicamente avançados e/ou tem sistemas bancários desenvolvidos, o que atrai os criminosos virtuais.

Mais da metade (51%) dos ataques bloqueados pelos produtos da empresa de segurança digital foram lançados por recursos maliciosos localizados na Rússia. Na lista, também aparecem arquivos dos Estados Unidos, Holanda, Alemanha, França, Ilhas Virgens, Ucrânia, Cingapura, Reino Unido e China.

Vale lembrar que as ameaças financeiras não se limitam aos programas de malware que atacam clientes de sistemas de bancos online. Além do malware voltado para bancos (83%), as ameaças financeiras incluem mineradores de Bitcoins (9%) --arquivos maliciosos que usam os recursos de computação da vítima para gerar Bitcoins--, além de ladrões de carteiras Bitcoin (6%) e keyloggers (2%) --ação de gravar as informações escritas em um teclado.