Motoristas obrigam casal a trocar Uber por táxi em manifestação no DF
Um grupo de motoristas do Distrito Federal obrigou um casal de passageiros a desembarcar de um carro do Uber para seguir viagem em um taxi em mais um protesto de taxistas contra o aplicativo de caronas.
O vídeo da abordagem foi publicado no Facebook nesta terça-feira (4), um dia após o ato que aconteceu entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e a área central da capital do país. As imagens já foram vistas na rede social mais de 40 mil vezes.
"Se não descer, vou quebrar o vidro", disse um dos ativistas ao bater com força em um carro de alto padrão. Com bastante agressividade, os manifestantes acusam o motorista do Uber de "incentivar a criminalidade" e de "gostar de ganhar dinheiro fácil".
Para obrigar que o casal descesse do veículo ligado ao aplicativo de carona, o grupo ameaçou destruir o automóvel. O próprio motorista do Uber ajudou os passageiros a transferir suas bagagens para um taxi.
Vetar ou não o Uber no DF?
Os taxistas foram às ruas do Distrito Federal para cobrar que o governador Rodrigo Rollemberg sancione projeto que veta serviços de transporte individual de passageiros por meio de aplicativos como o Uber. A decisão deve ser tomada até a próxima quinta-feira (6).
O PL 282/2015, criado pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN), foi aprovado na última terça-feira (30) por unanimidade na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal) enviou documento ao governador recomendando veto ao projeto. Segundo a entidade, a redação da proposta é inconstitucional. “Fere a livre iniciativa, a liberdade de exercício de qualquer profissão e a livre concorrência."
Em nota, o Uber informou que continua operando normalmente em Brasília, já que a lei ainda não foi sancionada. "Acreditamos que é possível criar novas oportunidades de negócio para milhares de motoristas parceiros e ao mesmo tempo oferecer novas opções de mobilidade urbana."
O UOL Tecnologia entrou em contato com o Sinpetaxi (Sindicato dos Permissionários de Taxis e Motoristas Auxiliares do DF), mas não obteve retorno.
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