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Robô autônomo da Hitachi poderá substituir operários em depósitos

Toru Yamanaka/AFP
Imagem: Toru Yamanaka/AFP

Chris Cooper e Kiyotaka Matsuda

25/08/2015 17h38

Em um depósito na cidade de Noda, que fica ao leste de Tóquio, um robô equipado com rodas se movimenta rapidamente para pegar caixas de produtos e transportá-las até um contêiner de navio. Esta é a visão da Hitachi Ltd. para o futuro.

A empresa japonesa fabricante de trens-bala e estações de energia revelou, nesta terça-feira, um robô capaz de pegar uma série de produtos, desde garrafas plásticas de 500 mililitros até caixas de sapatos que pesam em torno de 1 quilo.

Esses robôs teriam o potencial de substituir alguns operários quando as empresas começarem a utilizá-los para tarefas repetitivas, como a coleta de itens das prateleiras nos armazéns da Amazon.com Inc. Essas novas máquinas também estenderiam o uso de robôs às posições fixas no chão de fábrica, uma visão comum em fabricantes de veículos como a Toyota Motor Corp. e a General Motors Co.

"Nós pretendemos começar a usá-los nas empresas do nosso próprio grupo dentro de dois a três anos e a vendê-los em cerca de cinco anos", disse Toshio Moriya, gerente-geral do centro de inovação tecnológica da Hitachi, em Noda, nesta terça-feira. As empresas poderiam usar desde dezenas até mais de 100 robôs em um depósito, disse ele.

Moriya preferiu não comentar sobre preços, exceto para dizer que os robôs precisariam ser competitivos com os custos atuais dos depósitos. A empresa com sede em Tóquio está desenvolvendo o sistema de software do robô, enquanto a Seiko Epson Corp. está produzindo o hardware, segundo a Hitachi.

Pegar cada um dos objetos, como mão de obra intensiva, continua sendo uma tarefa que os humanos realizam melhor. É um trabalho difícil para os robôs, que usam sensores para identificar itens que podem ser confundidos com embalagens. No ano passado, a Amazon contratou 80.000 trabalhadores temporários para seus mais de 50 armazéns durante a temporada de compras de Natal para realizarem tarefas similares.

O número de robôs industriais em uso subiu para 1,6 milhão em 2013 desde que a General Motors colocou a primeira unidade em uma linha de montagem, em 1961, segundo a Federação Internacional de Robótica.