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Taxistas confundem carro com Uber e agridem deputado que luta por proibição

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

29/09/2015 13h42

O motorista Glênio Gomide, que dirigia um Ford Fusion preto do deputado federal Laudívio Carvalho (PMDB-MG), foi confundido na noite de domingo (27) com condutor do Uber e quase foi agredido por três taxistas de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O curioso é que Carvalho apresentou recentemente um projeto de lei na Câmara dos Deputados para proibir o aplicativo de carona remunerada no país.

O motorista estacionou o veículo na entrada de um salão de festas, onde acontecia um casamento, para aguardar Carvalho. Quando o deputado saiu, viu o motorista ser insultado e ameaçado pelos taxistas, que acreditavam que Gomide seria motorista do Uber.

"Ao me verem, um deles me cumprimentou. Os outros dois, entretanto, começaram a dizer que eu estava andando de Uber. Expliquei que o carro era particular e que o motorista trabalhava comigo há mais de vinte anos. Mas não adiantou muito”, disse o deputado.

"Como eu vou ficar defendendo os taxistas com essas atitudes? Desde o início destes ataques aos motoristas do Uber, tenho orientado os taxistas, através dos representantes da classe, que esta não é a maneira correta para solucionar este impasse.”

No início de julho, Carvalho apresentou o PL (Projeto de Lei) 2316/2015 na Câmara dos Deputados, que proíbe a carona remunerada em todo o país.

O dispositivo apresentado pelo parlamentar “altera o artigo 135 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para vedar a circulação de carros particulares acionados por aplicativos eletrônicos ou qualquer outro dispositivo”.

O UOL não localizou representantes dos taxistas para comentar o caso.