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Polícia do Piauí cria aplicativo para combater crimes de vingança pornô

Reprodução/ABC22
Imagem: Reprodução/ABC22

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

08/03/2016 20h35

A Polícia Civil do Piauí desenvolveu um aplicativo para telefone celular para orientar vítimas de vingança pornô, que tiveram imagens íntimas publicadas na internet indevidamente. O aplicativo “Vazow” está disponível para download na PlayStore desde esta terça-feira (8), e pode ser baixado por mulheres e homens vítimas do crime de “revenge porn”.

O aplicativo funciona apenas em aparelhos com o sistema Android, porém, em breve, deverá está disponível no sistema iOS. 

O “Vazow” possui orientações de como evitar ser vítima da vingança pornô, links para exclusão do conteúdo publicado indevidamente, legislação, locais para denúncia virtual, além de endereços de delegacias especializadas para que providências policiais sejam tomadas em relação ao caso.

O aplicativo foi desenvolvido pelo Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado, localizado em Teresina. Segundo os policiais responsáveis pelo “Vazow”, eles perceberam que um grande problema enfrentado pelas vítimas da vingança pornô é a dificuldade para apagar os conteúdos publicados indevidamente, por isso decidiram criar um aplicativo para facilitar o combate a esse crime.

Mulheres são maioria das vítimas

A delegada Eugênia Villa destaca que a polícia observa que as mulheres são a maioria das vítimas da vingança pornô, principalmente ao término de relacionamento.

As mulheres são os principais alvos de vazamentos de fotos e vídeos íntimos. Termina o relacionamento e o parceiro, para se vingar, acaba publicando fotos e vídeos em redes sociais

A polícia orienta às vítimas de vingança pornô que qualquer delegacia pode registrar boletim de ocorrência --não apenas as delegacias de crimes virtuais. 

A internet não é uma terra sem lei. O Marco Civil da Internet foi um avanço nesse sentido. Os crimes que punem de acordo com o Código Penal também podem ser aplicados ao meio eletrônico e serem julgados pelas mesmas penas. Por isso, mulheres vítimas denunciem

Eugênia Villa, delegada