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iPhone SE custa a partir de US$ 399 e volta às telas menores

Do UOL, em São Paulo

21/03/2016 14h34Atualizada em 04/08/2020 20h20

A Apple lançou nesta segunda-feira (21) em San Francisco (EUA) o iPhone SE, que marca uma volta da empresa de tecnologia às telas de quatro polegadas para smartphones — o último celular da Apple com esse tamanho de tela foram os iPhones 5S e 5C, lançados em 2013 — e vai na contramão à tendência de telas cada vez maiores para telefones.

O novo celular é também o mais barato já lançado pela Apple em sua história: custará a partir de US$ 399 (cerca de R$ 1.440) para o modelo com 16 GB de armazenamento interno— o com 64 GB terá preço de US$ 499 (R$ 1.800). O lançamento será em 31 de março nos EUA (pré-vendas a partir de quinta-feira, 24) e em maio para 100 países nas cores prateado, cinza espacial, dourado e ouro rosa. Ainda não há previsão de chegada ao Brasil.

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Os valores são menores do que os praticados pelo modelo premium da linha. Em setembro de 2015, o iPhone 6S veio com preços de US$ 649 (16 GB), US$ 749 (64 GB) e US$ 849 (128 GB) para aparelhos desbloqueados— esses últimos valores ainda se mantêm nos EUA. Eles podem ser comprados mais baratos com contrato de dois anos com operadoras, por US$ 199 (16 GB de memória) e US$ 299 (64 GB).

Já o iPhone 6S Plus custa US$ 749, US$ 849 e US$ 949, para modelos com 16, 64 e 128 GB de armazenamento, respectivamente. Em contrato com operadoras por dois anos, esses valores reduzem para US$ 299 (16 GB), US$ 399 (64 GB) e US$ 499 (128 GB).

O processador é o mais novo e poderoso da Apple, o A9, de 64-bits, presente nos iPhones 6S. O SE será equipado com Bluetooth 4.2, sistema operacional iOS 9.3 e um wi-fi mais rápido.

A câmera traseira é de 12 MP, capaz de fotos em panorama de até 63 MP, vídeos 4K (2160p) em até 30 fps (frames por segundo) ou Full HD (1080p) em até 60 fps, traz flash em dois tons e Live Photos, recurso recente dos iPhones para fazer vídeos com momentos antes e depois das fotos. Com a câmera frontal de 1,2 MP é possível usar a tela como flash.

O celular também estará apto para receber comandos via assistente pessoal de voz, o Siri. Ele virá com o Touch ID, recurso de reconhecimento de impressão digital; suporte à plataforma de pagamentos digitais Apple Pay; e tecnologia de envio de dados NFC.

O iPhone SE não traz o 3D Touch, recurso da Apple que reage à pressão dos dedos na tela, e sua câmera frontal tem menos megapixels que a do 6S (que tem 5 MP). Assim, por seu tamanho menor e poucas diferenças de configuração, o novo iPhone é um lançamento à parte na "família", que mantém os modelos 6S e 6S Plus, lançados no ano passado, como seus tops de linha. Eles só serão superados pelo iPhone 7, a ser lançado possivelmente no segundo semestre deste ano.

O vice-presidente da Apple, Greg Joswiak, disse que a justificativa por uma tela menor se deu porque, segundo ele, as pessoas "amam telefones menores". Além disso, uma parcela considerável de usuários de iPhones adotou um modelo de tela de quatro polegadas como seu primeiro celular Apple. Só em 2015, 30 milhões de iPhones de quatro polegadas foram vendidos segundo a empresa.

"Volta" às origens

O lançamento do iPhone SE significa tanto uma reação da Apple à estagnação das vendas do iPhone —analistas estão prevendo queda nas vendas dos iPhones em 2016—quanto um passo atrás na tendência de crescimento das telas touchscreen para celulares.

Em 2013, o iPhone 5c foi lançado como uma "alternativa barata" ao top da época, o iPhone 5S. O preço do smartphone na época, para o modelo de 16 GB, era de US$ 99 com contrato de dois anos com operadoras. Mas, desbloqueado, o aparelho custava US$ 549, preço considerado alto demais pelos críticos. O iPhone SE de 2016, portanto, ficou um pouco mais barato em relação ao seu "antecessor" lançado há três anos.

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