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Xperia Z5 Premium da Sony roda vídeos em 4K, mas é caro e enorme

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

04/04/2016 06h00

Em dezembro, a Sony trouxe ao Brasil o seu top de linha Xperia Z5, um smartphone com o melhor processador do mercado, ótima câmera de 23 MP, bateria parruda e ainda é resistente à água e à poeira, mas tudo isso com um preço pra lá de salgado: o preço sugerido era de R$ 4.299 --hoje está só um pouco menos caro, na casa dos R$ 3.600.

No início de março, a empresa japonesa aumentou ainda mais a aposta, trazendo ao Brasil a versão grandona do seu modelo principal. O Z5 Premium tem configurações quase iguais aos do Z5. Mas a tela é de 5,5 polegadas contra 5,2 do "irmão mais novo". E o principal: reproduz e grava vídeos em 4K, resolução quatro vezes maior que a Full HD, o padrão vigente nas TVs e dispositivos móveis.

Por ser mais comprido, a bateria também "comeu fermento" e cresceu junto: eram 2900 miliampéres do Z5, agora são 3430 mAh no Z5 Premium. Como uma tela maior também precisa de mais energia, o crescimento de ambos foi proporcional e a performance dos dois modelos é a mesma na prática: duram um dia e meio de uso intenso, ou dois dias de uso moderado --a Sony tem um modo "Stamina" que ajuda a prolongar esse tempo em relação aos celulares dos concorrentes.

É importante ressaltar que a Sony usa o potencial 4K da tela basicamente para exibição e gravação de vídeos que têm essa resolução. Para vídeos inferiores, realiza um upscaling (recurso de dimensionar pixels de imagens de determinada resolução para uma tela com resolução melhor), e em uso normal da interface do sistema Android e outros apps, o software traz a imagem para Full HD, porque o 4K sempre ligado faria a bateria secar na metade do tempo.

Sony Xperia Z5 Premium  - Lucas Lima/UOL - Lucas Lima/UOL
Imagem: Lucas Lima/UOL

Mesmos prós e contras do Z5

De resto, o Z5 Premium é só uma versão avantajada do Z5, com todos os prós e contras que isso implica. De prós, temos: as câmeras com autofoco híbrido bem rápido e boa fidelidade de cores nas imagens (além da principal de 23 MP, temos uma frontal de 5 MP); uma performance bem acima da média, com fluidez no Android 5.1; memória RAM de 3 GB que cumpre bem o serviço; e armazenamento de 32 GB (com entrada para cartão microSD).

A já citada tela é ótima com ou sem 4K rodando nela. Há a resistência à água e poeira, um recurso meio em voga atualmente e útil para usuários desastrados. E claro, temos o botão que reconhece digital, que poderá ser útil se os sistemas de pagamento por celular se popularizarem, mas por fora é um truque divertido para destravar a tela sem digitar senhas ou deslizar padrões.

Os contras são os conhecidos da linha Xperia. O design minimalista é bonito mas deixa os modelos da Sony uns trambolhos na sua mão -- ainda mais este, com tela de 5,5 polegadas. Fora as bordas meio "em relevo" que deixa os limites dos aparelhos parecendo lâminas cutucando a sua mão. O aparelho esquenta bastante em uso intenso, como na câmera, rodando os tais vídeos 4K ou jogando games. E a câmera tem o defeito de ser só razoável no balanco de brilho, deixando pontos da imagem estourados e outros escuros.

São coisas que até passariam se você não tivesse que desembolsar uma grana para comprá-lo. Nenhum problema é tão sério quanto o preço cobrado no Brasil. Falamos no começo que a Sony começou a vender o Z5 comum por R$ 4.299, certo?

Pois bem: o Z5 Premium chegou aqui por R$ 4.700. Ele por pouco não empatou com o iPhone 6S Plus de 128 GB de armazenamento; este está por R$ 4.900 e é atualmente o smartphone mais caro à venda no Brasil. Se você acha que vale a pena pagar tanto para ter uma tela 4K de bolso, vai fundo. Só lembre-se que outros bons celulares com telona (mas sem 4K) são opções boas e mais baratas, como o Samsung Galaxy Note 5 (R$ 2.800) ou o LG G4 (a partir de R$ 1.700).

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