Xperia M5 tira boas fotos, principalmente selfies, mas derrapa na qualidade
Lançado no final de 2015 no Brasil, o Xperia M5 é um celular intermediário da Sony com alguns mimos de produto premium, como câmeras poderosas --traseira de 21,5 MP e frontal de 13 MP-- além de processador octa-core de 64 bits MediaTek Helio X10. O preço era alto quando ele foi lançado --R$ 2.599 -- mas hoje é achado por R$ 1.780, algo mais justo para essa categoria "intermediária de luxo", tendo rivais como Moto X Play da Motorola (R$ 1.530) e Galaxy A7 da Samsung (R$ 1.930).
Nos testes do UOL, o smartphone conseguiu apresentar um bom desempenho em seu conjunto, mas traz engasgos que atrapalham o uso do aparelho.
A câmera traseira filma em 4K e traz a tecnologia híbrida de autofoco Steadyshot, a mesma do Z5, para acelerar o tempo de foco entre o clique e a foto final. E o fato da empresa pôr um sensor 13 MP na frontal é interessante, já que as selfies continuam bastante populares.
Mas as câmeras derrapam um pouco em dois quesitos: velocidade e entrada de luz. Entre um clique e outro, a câmera leva cerca de um segundo para processar a foto anterior e voltar à ação --parece pouco, mas faz diferença em momentos de ação rápida.
Já quanto à luz, as fotos ficam com áreas escuras e cores mais lavadas em ambientes fechados. A reportagem comparou as câmeras do M5 com as do Galaxy S6, e apesar deste ter menos megapixels --16 MP na traseira e 5 MP na frontal-- o resultado é uma foto mais limpa e harmoniosa do que no aparelho da Sony.
A lente da câmera frontal ainda fica bem à vista na parte superior do aparelho, o que desequilibra um pouco o estilo retangular minimalista da linha Xperia. Além disso, o celular é bem fino, com 7,6 mm de espessura, e há cerca de dois centímetros de corpo "sobrando" acima e abaixo da boa tela de cinco polegadas. Seria melhor reduzir essas bordas nas próximas versões, para deixar o celular menos comprido e menos suscetível a escorregões.
Seu processador é o Helio X10 da Mediatek, um octacore de 64 bits, com velocidade de 2,0 GHz. Para fins de comparação, o chip do Xperia Z5 é um Snapdragon 810 da Qualcomm; além desta marca ser considerada melhor, os oito núcleos se dividem em dois blocos de 1.5 e 2 GHz, otimizando a execução das tarefas. Em bom português: a Sony buscou um processador "alternativo" ao melhor do mercado para deixar a CPU do M5 com um bom poder de fogo no desempenho.
E conseguiu isso? Mais ou menos. Em uso moderado, o M5 (com Android 5.0) funciona bem das funções de sempre: checar e-mails, tirar uma ou duas fotos, jogar um pouco. No teste de benchmark Antutu, os vídeos em 3D rodaram com umas "quebradinhas" e o teste foi várias vezes interrompido antes de acabar. E o celular esquenta um pouco em alguns momentos de uso intenso.
Um ponto bem positivo é a bateria: apesar de apenas 2600 mAh, o que no mercado atual é considerado pouco, isso rende muito bem se combinado à tecnologia Stamina da Sony, fazendo a vida útil dele se alongar para dois dias ou mais de uso moderado. Se não quiser a Stamina, tudo bem também: no nosso teste, rendeu um dia e meio, ligando a Stamina apenas após o aviso dos 15% restantes de carga.
Com 3 GB de RAM e armazenamento de apenas 16 GB (mas aceita cartão microSD), o Xperia M5 está bem equilibrado no cada vez mais disputado mercado dos celulares intermediários. Mas como a Sony mantém uma "aura" premium em todo aparelho que lança, seria mais interessante ter apostado em um preço mais baixo para tentar fazer frente à linha Moto X, que tem muitos fãs no Brasil. Se os R$ 1.780 (seu preço atual) caírem para uns R$ 1.400, talvez valha a compra.
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