Novo iPhone SE é versão pequena e potente da Apple, mas peca em selfies

O iPhone SE veio para ser o novo "baratinho" da marca. A estratégia da empresa foi unir dois aparelhos em um único: corpo do iPhone 5S, de 2013, e desempenho do 6S, de 2015. O principal atrativo é ser um celular potente com preço mais "acessível", já que o aparelho é o mais barato da marca vendido no Brasil. Não que R$ 2.699 (16GB) ou R$ 2.999 (64GB) seja pouco, mas é um bom Apple com preço similar a outros do mercado.

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A grande diferença do que você já está acostumado é a tela de 4 polegadas, pequeno perto dos grandalhões que hoje são maioria. Se não fosse o nome estampado na traseira, seria quase impossível identificar que se trata de um lançamento ou perceber as diferenças visuais entre ele e o 5S. A Apple aposta na retomada dos displays pequenos: será que voltarão para ficar?

Para quem ainda não tomou gosto pelas telas grandes, a adaptação será fácil. Mas, caso contrário, já adianto que terá dificuldades até mesmo nas tarefas mais simples, como digitar uma mensagem. Acertar as letras no compacto teclado é uma verdadeira luta. (Como a gente conseguia antes?!) Sem contar que os displays pequenos também não são lá muito vantajosos para aqueles que gostam de jogar e assistir a filmes pelo celular. Mas tudo é uma questão de adaptação.

Apesar de pequeno, o iPhone SE é bastante potente. Ele herdou tanto o processador (A9) como a memória RAM (2G) do irmão gigante. Isso o favorece na execução até mesmo das tarefas mais complexas e pesadas, tais como filmes e games, e também na abertura de diversos aplicativos simultaneamente, sem que o celular trave ou engasgue. Pena que esquenta, mas nada que atrapalhe o seu desempenho.

O SE chega a ser até mais rápido do que o 6S, graças à resolução de tela inferior (1136 x 640 pixels, contra 1334 x 750 pixels). Algo que parece mais do que suficiente para o tamanho da tela e que não afeta em nada a qualidade das imagens transmitidas.

A autonomia de bateria é um dos grandes destaques do iPhone SE. Com 1.642 mAh, o aparelho consegue aguentar com tranquilidade um dia inteiro de uso moderado.

Excelente câmera, mas selfie fuén

A câmera principal do SE também se inspirou no iPhone 6S e manteve os 12 MP. O suficiente para tirar excelentes fotos em praticamente todas as situações, com a produção de imagens nítidas e com boa profundidade de campo. Fica um pouco a desejar nos ambientes com baixa luminosidade, mas nada que inviabilize o clique.

A Apple também resolveu trazer para o aparelho a tecnologia 4K, que possibilita a realização de vídeos de altíssima qualidade [cores mais vivas e mais próximas do real, sem distorções]. Mas, pecou por não investir na câmera frontal, que tem os mesmos míseros 1,2 MP do iPhone 5S. É difícil entender a lógica.

Portanto, não espere muito das selfies, que ficam muito piores do que nos concorrentes. As fotos ficam bastante pixeladas. Mas para tentar dar uma compensada, o aparelho incorporou a gambiarra do flash frontal. Ou seja, ao tirar uma selfie, a tela do celular emite uma luz com um brilho três vezes maior do que o normal, o que permite melhores autorretratos em ambientes sem luminosidade.

O SE também traz o recurso de Live Photos, imagens animadas captadas segundos antes da foto ser registrada, que podem ser enviadas para outros modelos de iPhone e iPad que rodam o iOS 9. Mas a grande inovação do iPhone 6S, não veio para o irmão caçula. O "3D Touch" —tecnologia que reconhece a força do toque na tela, que funciona basicamente como um botão direito do mouse— ainda é uma exclusividade do modelo de 2015.

Direto ao ponto: iPhone SE

• Tela: 4??, retina
• Sistema Operacional: iOS 9
• Processador: A9 de 64 bits
• Memória: 16GB ou 64 GB
• Câmeras: 12 MP (principal) e 1,2 MP (frontal)
• Dimensões e peso: 123,8 mm X 58,6 mm mm X 7,6 mm e 113g
• Preço sugerido: de R$ 2.699 a R$ 2.999
• Pontos positivos: desempenho (processador + memória RAM), durabilidade da bateria e câmera traseira
• Pontos negativos: superaquecimento e câmera frontal