Topo

Fundador do Megaupload planeja relançamento do site em 2017

O fundador do já encerrado portal Megaupload, Kim Dotcom, em 2015 - Michael Bradley/AFP
O fundador do já encerrado portal Megaupload, Kim Dotcom, em 2015 Imagem: Michael Bradley/AFP

Supantha Mukherjee

em Bangalore, Índia

11/07/2016 12h25

O empresário alemão Kim Dotcom está planejando o relançamento do site de compartilhamento de arquivos Megaupload em janeiro de 2017, cinco anos depois que o governo dos Estados Unidos tirou a página do ar sob acusações de pirataria.

O Megaupload, fundado em 2005, afirmava ter mais de 150 milhões de usuários registrados e 50 milhões de visitantes diários. No pico, estimava-se que o site era o 13o destino mais visitado da Internet.

Dotcom, que anunciou seus planos em uma série de tuítes na sexta-feira, afirmou que a maior parte dos usuários do Megaupload terá suas contas de volta com privilégios premium. Ele não respondeu a pedidos de comentários feitos pela Reuters.

O empresário e três outras pessoas foram presas em 20 de janeiro de 2012, depois que a polícia da Nova Zelândia fez uma batida a pedido do FBI, a polícia federal norte-americana.

Autoridades dos EUA afirmam que Dotcom e os outros três executivos do Megaupload custaram aos estúdios de cinema e gravadoras de música mais de 500 milhões de dólares e geraram mais de 175 milhões de dólares ao encorajarem usuários pagantes a armazenarem e compartilharem conteúdos protegidos por direitos autorais, como filmes e programas de televisão.

Dotcom, que tem residência na Nova Zelândia, negou as acusações de pirataria e lavagem de dinheiro e tem lutado contra pedidos de extradição para os EUA.

Ele argumenta que o site era meramente uma instalação de armazenagem para arquivos online e não deveria ser considerado responsável se o conteúdo armazenado foi obtido ilegalmente.

Um tribunal da Nova Zelândia garantiu a Dotcom em 2013 acesso a todas as evidências confiscadas pela política na batida ocorrida em sua casa.

O FBI estimou em 2012 que Dotcom faturava cerca de 115 mil dólares por dia durante 2010. Ele costumava publicar fotos sobre seu estilo de vida extravagante, como viagens ao redor do mundo em seu jato privado.

Os bens confiscados incluíram quase 20 carros de luxo, obras de arte e 10 milhões de dólares da Nova Zelândia investidos em companhias financeiras locais.

"Eu serei o primeiro bilionário de tecnologia que foi preso, perdeu tudo e criou outra companhia de bilhão de dólares enquanto estava sob fiança", escreveu ele no Twitter no domingo.

Receita Federal apreende 210 toneladas de produtos piratas em SP

redetv