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Google tem recorde de pedidos de governos sobre dados de usuários

Marcio Jose Sanchez/AP
Imagem: Marcio Jose Sanchez/AP

Da AFP, em Washington

20/07/2016 09h25

As solicitações de governos sobre dados de usuários ao Google atingiram um número recorde na segunda metade de 2015, informou o gigante da internet.

No seu relatório de transparência divulgado na segunda-feira, o Google disse que os governos de várias partes do mundo realizaram 40.677 pedidos vinculados a mais de 81.000 contas entre julho e dezembro de 2015.

Durante os seis meses anteriores a este período, o Google recebeu 35.000 pedidos vinculados a quase 69.000 contas.

"O uso de nossos serviços aumentou a cada ano, assim como as solicitações de dados dos usuários", disse a empresa, acrescentando que entregou os dados em ao menos 64% dos casos.

Os Estados Unidos representam a maior parte, com 12.523 solicitações, seguido pela Alemanha com 7.491, França com 4.174 e Reino Unido com 3.497.

Assim como outras grandes empresas online, o Google ressaltou que a entrega de dados é realizada seguindo os processos legais dos países onde opera, a fim de manter a privacidade dos usuários.

"O Google se orgulha de ter saído na frente na publicação desses relatórios, ajudando a divulgar as leis e práticas de vigilância governamental no mundo todo", disse o diretor legal do Google, Richard Salgado.

Em uma publicação no seu blog, Salgado garantiu que um acordo recente entre os Estados Unidos e a União Europeia sobre privacidade é um avanço positivo porque amplia a proteção nos Estados Unidos aos cidadãos não americanos.

"Esta mudança ajuda a responder as preocupações sobre a capacidade dos não americanos de corrigirem reclamações relativas a dados coletados e armazenados pelo governo dos Estados Unidos sob a lei americana", disse.

"De fato, as distinções que as leis de privacidade e vigilância dos Estados Unidos fazem entre cidadãos americanos e não americanos são cada vez mais obsoletas em um mundo onde as comunicações ocorrem principalmente em um meio global: a internet", completou.