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Lembra dela? Creative migrou dos MP3 players para caixas bluetooth

Estande da Creative na IFA 2016 - Márcio Padrão/UOL
Estande da Creative na IFA 2016 Imagem: Márcio Padrão/UOL

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

07/09/2016 06h00

Na metade dos anos 90, quem já tinha um computador pessoal ganhava um status ainda maior quando decidia instalar um "kit multimídia". Uma década depois, o produto quente da vez foi o MP3 player que ainda funcionava como pen drive e rádio FM. A Creative, empresa de Cingapura fundada em 1981, foi destaque nesses dois cenários naquela época. E por onde anda a Creative hoje?

A empresa sumiu de vista, mas não faliu. Ela na verdade se retirou do mercado brasileiro, mas continua com escritórios em Cingapura, EUA, Irlanda, Japão e China. E montou um estande na IFA --feira de tecnologia em Berlim-- para mostrar seus atuais produtos.

O destaque do portfólio da companhia é a linha de alto-falantes bluetooth Muvo. Se achou o nome familiar, é porque esse era o nome da linha de MP3 players, que rivalizou bastante com os iPods da Apple na década passada, quando os smartphones ainda não tocavam música digital.

Estande da Creative na IFA 2016 - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Imagem: Márcio Padrão/UOL

A empresa também comercializa a câmera de monitoramento Live!Cam e o Aurvana, um fone de ouvido headset premium que custa 80 euros.

Mas a empresa não está tão afastada assim de seu passado. Os "kits multimídia" da Creative nada mais eram que um nome comercial para um pacote de periféricos que melhoravam a experiência audiovisual, como placas de sons e gráficos, alto-falantes e leitores de CD-ROM. A placa de som Sound Blaster, da Creative, chegou a vender 400 milhões de unidades.

O termo "Sound Blaster" atualmente nomeia a linha de headsets para gamers da Creative, além de uma série de placas de som externas e de caixa de som poderosa que alcança até 127 dB. Para efeito de comparação, um show de rock chega a atingir 110 dB em média.

Estande da Verbatim na IFA 2016 - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Imagem: Márcio Padrão/UOL

Verbatim, do disquete ao microSD

Outra empresa de tecnologia bastante famosa no passado e que pouco se ouviu falar depois foi a Verbatim, empresa japonesa subsidiária do grupo Mitsubishi que fabricava fitas de videocassete e disquetes.

Em seu estande na IFA, a companhia mostrou que continua nesse foco, mas com as óbvias adaptações. Ela produz cartões de memória do tipo microSD, além de HDs externos e pen drives. 

A Verbatim também enveredou pela matéria-prima plástica usada em impressoras 3D, cabos USB de alta qualidade e memória que compartilha dados via conexão sem fios.

É importante ressaltar que a Verbatim ainda atua no Brasil, com site em português brasileiro e com algumas grandes redes como distribuidoras, como a Americanas e a Walmart. Já o site internacional da Creative tem uma versão em português de Portugal. Ao tentar mudar a região para Brasil, ele redireciona para o site norte-americano da empresa.

Estande da Verbatim na IFA 2016 - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Imagem: Márcio Padrão/UOL

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AFP