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Apple traz inovações para iPhone 7, mas não para o mercado; veja novidades

Do UOL, em São Paulo

08/09/2016 06h00

Com o lançamento dos iPhones 7 e 7 Plus, a Apple trouxe uma série de inovações a sua linha de smartphones. É o primeiro aparelho da marca a ter resistência a água, câmera dupla e a perder a tradicional entrada de fone de ouvido. Ainda assim nenhuma delas representa uma novidade para o mercado de smartphones.

Há um bom tempo o iPhone —que deu início à era de smartphones— não dita tendências, apesar de manter continuar se posicionando como "inovador" — o que ficou evidente quando a empresa anunciou como "revolucionário" o fim da entrada de 3,5 mm para fones de ouvido.

1. Sem entrada de fone $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/novo-adaptador-para-fones-de-ouvido-para-a-entrada-lightning-do-iphone-7-1473272855857.vm')
Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, disse que a empresa era "corajosa" ao assumir o "desafio" de acabar com a conexão com fio entre o ouvinte e o celular. Ele ainda mostrou uma imagem antiga de uma telefonista realizando conexões em uma parede de plugues para reforçar seu ponto de o quanto usar fios é, digamos, "ultrapassado".

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Apesar do belo discurso, a Apple foi pouco clara sobre os reais benefícios de se acabar com a tradicional entrada. É bem verdade que fones de ouvido Bluetooth existem há bastante tempo, mas as fabricantes de celulares até agora foram conservadoras, talvez porque a tecnologia ainda é uma grande vilã das baterias [a principal reclamação dos usuários em geral, mas principalmente dos applemaníacos].

Sem contar que o fim da tradicional de entrada para fones não é algo novo. A Lenovo/Motorola saiu na frente com a linha Moto Z —que usa a entrada USB-C em vez da Lightning da Apple— também sem explicar direito os motivos. Especula-se que seria para reduzir a espessura e peso do celular, similar ao que acontece com os ultrabooks, que não contém leitores de DVDs. Há rumores que apontam ainda que a mudança foi essencial para a expansão da capacidade da bateria dos iPhones (que nem foi tão expressiva assim). Mas há também quem ache que é apenas um novo padrão para forçar consumidores a comprar novos fones compatíveis ou adaptadores.

Fones com fio têm um problema que todo mundo conhece bem: os fios enroscam bastante e rompem-se com relativa facilidade, inutilizando o produto por causa disso. Por outro lado, fones com fio produzidos com qualidade e bem conservados duram bastante e tendem a ser mais baratos. Além disso, ao utilizar a entrada de carregamento para o fone, o usuário não pode ouvir música no fone enquanto carrega o aparelho.

2. Câmera dupla $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/camera-dupla-do-iphone-7-plus-1473279355212.vm')
Outra grande inovação para os iPhones --que se restringe a versão maior do aparelho-- é câmera dupla traseira de 12 MP. Não há como negar que a tecnologia tende a ampliar ainda mais a qualidade das fotos produzida pelo smartphone, ao favorecer o brilho e os detalhes das imagens, bem como a nitidez em ambientes com pouca iluminação.

Mais uma vez uma novidade para Apple, mas não para o mercado. Já há diversos modelos mundo a fora que se beneficiam da câmera dupla, incluindo o LG G5 SE, o primeiro celular a ser vendido no Brasil com o recurso.

3. Resistência à água $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/iphoneresistente-a-agua-1473296358029.vm')
Foi uma surpresa saber que Apple passou a incorporar à resistência à água e poeira em seus aparelhos, algo que há muito tempo vem sendo adotado por outras fabricantes, mas parecia enfrentar certa aversão da empresa comandada por Tim Cook (mesmo diante de uma demanda dos próprios usuários).

A partir de agora é possível mergulhar os novos iPhones a uma profundidade de até um metro por cerca de 30 minutos, graças à certificação IP67. Um nível de proteção inferior ao do Samsung Galaxy S7, por exemplo, que vem com a certificação IP68 e garante uma resistência a longos períodos de imersão em água e pressão.

Um alerta emitido pela Apple em seu site pode justificar um pouco os seus temores em relação à proteção: "essa resistência não é permanente e pode diminuir como resultado do desgaste normal do aparelho". A grande dúvida nem é essa, mas, sim, sobre como será o funcionamento do "3D Touch" (tecnologia que reconhece a força do toque na tela) diante do contato com a água.

4. Som Estéreo $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/iphonesom-1473296561388.vm')
Os aparelhos também ganharem melhoras no áudio, com alto-falantes em estéreo pela primeira vez, com um em cada extremidade do iPhone, acima e abaixo. O recurso também anunciado como uma "super novidade" pela Apple, já existe no mercado há muito tempo, além de se mostrar desnecessário para aqueles que recorrem às caixas de som Bluetooth para ouvir as suas músicas.

5. Fim dos modelos de 16 GB $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/iphonefim-16gb-1473296344264.vm')
A Apple não só deixou de incluir as versões de 16GB e 64 GB nos recém-lançados iPhones 7 e 7 Plus, como decidiu "matar" a opção para os iPhone 6s e 6s Plus. O único aparelho a preservar essas capacidades de armazenamento interno é o iPhone SE.

Diferentemente das concorrentes, os iPhones não possuem suporte a cartão de memória. O que seria uma solução para a permanência do modelo de 16GB —que sempre atraiu os consumidores pelo preço mais em conta, mas que acabou se tornando insuficiente.

Mas não foi dessa vez que a Apple decidiu reconhecer a importância da memória expansível.

6. Melhora na bateria (SQN) $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/bateriaiphone-1473296961305.vm')
A bateria é sempre uma das principais reclamações dos usuários de iPhones e, dessa vez, a Apple resolveu atender às reivindicações. Pena que parece estar muito longe de ser suficiente. A empresa não anunciou qual é a real capacidade da bateria dos novos iPhones, mas informou que é de uma a duas horas mais eficiente do que a dos iPhones 6s e 6s Plus. O incremento resolveria os seus problemas? A duração média da bateria é de 13 horas.

A Motorola, em contrapartida, lançou recentemente um irmão mais barato do Moto Z com bateria que promete durar 50 horas. Isso sim seria um sonho!

7. Preços melhores $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/iphonepreco-1473296833796.vm')
Os novos aparelhos serão vendidos a partir do dia 16 de setembro, o iPhone 7 por a partir de US$ 649 (R$ 2.162) e o iPhone 7 Plus por US$ 769 (R$ 2.562). Os valores são muito similares aos dos lançamentos dos iPhones anteriores, de 2015 e 2014. Mas, dessa vez, a versão mais barata é de 32GB e não de 16GB, o que na prática deixa os aparelhos de 2016 mais "baratos" do que antes.

A previsão é que os celulares cheguem ao Brasil ainda em 2016, mas ainda não foram divulgados os valores e as datas. Nos anos anteriores, os iPhones chegaram ao mercado brasileiro em novembro, e, no ano passado, custava a partir de R$ 3.999. Será que os novos modelos custarão o mesmo preço?

8. Novo botão home $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/7set2016---novo-botao-home-do-iphone-7-1473271664091.vm')
Não houve muitas mudanças no design dos iPhones 7, que se mantiveram muito parecidos com os irmãos mais velhos e ganharam novos tons de preto. Eles se diferem pelas linhas da antena da parte traseira, que foram realocadas para as bordas superior e inferior, bem como pelo botão home. Ainda que tenha permanecido físico, foi totalmente renovado com o ganho de uma sensibilidade à pressão. Ou seja, ao apertar o botão, o clique físico real é substituído por uma sensação de vibração.

Um mecanismo que não é novo nem mesmo na Apple, que já o usa nos trackpads da linha mais recente do MacBook. Além disso, há fabricantes como Sony e Nexus que foram além e extinguiram de vez os botões físicos.