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Bateria de Note 7 novo de cliente da Samsung explode na China

Divulgação
Imagem: Divulgação

Bloomberg News

27/09/2016 15h48

Um homem chinês informou que um smartphone Note 7 comprado nesta semana explodiu, o que gera dúvidas sobre se os problemas da Samsung Electronics com baterias incendiadas estão se espalhando para as versões mais novas do aparelho.

O cliente de 25 anos, Hui Renjie, disse que seu Note 7 explodiu na manhã de segunda-feira (26), menos de 24 horas depois que ele recebeu o aparelho comprado pela loja virtual JD.com. Ele disse que o incidente provocou lesões menores em dois dedos de sua mão e queimou seu MacBook, da Apple. Ele conta que recebeu a visita de um representante da Samsung que pediu para levar o aparelho, mas recusou a oferta porque não acredita que a empresa revelará o motivo do incêndio e pretende tornar pública a questão.

"Neste momento, estamos em contato com o cliente e realizaremos uma análise abrangente do aparelho em questão quando o recebermos", afirmou a empresa sul-coreana em um comunicado enviado por email.

A Samsung se envolveu em uma crise que talvez seja a pior de sua história corporativa quando smartphones Note 7 começaram a pegar fogo poucos dias depois de terem chegado ao mercado, em agosto. A empresa com sede em Suwon anunciou em 2 de setembro que iria substituir todos os 2,5 milhões de telefones vendidos em todo o mundo até aquele momento. A Samsung afirmou que tinha descoberto a causa dos incêndios da bateria e que tinha certeza de que os novos telefones não apresentariam o mesmo defeito.

O mais recente incidente na China, no entanto, levanta a possibilidade de que a Samsung tenha problemas com a bateria dos novos telefones Note 7 que estão chegando agora ao mercado, o que aumenta o risco de novos recalls e potenciais danos à marca. Analistas estimaram que o recall original custará à empresa de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões.

É improvável que as esporádicas denúncias de incêndio dos telefones façam algum favor à empresa na China, onde já não aparece entre as cinco primeiras e perdeu participação de mercado para Huawei Technologies, Xiaomi e outras fabricantes. A Samsung analisou dois aparelhos Note 7 na China no início deste mês, que foram comprados pela internet e pegaram fogo na mão dos usuários, mas determinou que o calor havia sido aplicado de uma fonte externa e que a bateria não foi a causa desses incêndios.

"Os negócios da Samsung na China só vão piorar", disse Greg Roh, analista da HMC Investment Securities em Seul. "A Samsung pode ter que sacrificar enormes custos de marketing na China para reconquistar seus clientes."

Na terça-feira, a Samsung informou que 60 por cento do recall dos aparelhos Note 7 foi realizado nos EUA e na Coreia do Sul. Cerca de 90 por cento dos usuários optaram por substituir o aparelho solicitado pela empresa por um novo Note 7, informou a Samsung.