Topo

IBGE: Na era mobile, número de casas com computadores cai pela 1ª vez

iStock
Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

25/11/2016 10h00

O número de domicílios brasileiros com microcomputadores caiu pela primeira vez, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2015, de acordo com o levantamento, 31,4 milhões de lares contavam com um PC, o que representa uma redução de 3,4% em relação ao ano anterior.

Considerando as casas com computadores que tinham acesso à internet, a queda foi um pouco menor (2,4%): passando de 28,2 milhões para 27,5 milhões.

Todas as regiões do país seguiram a tendência nacional, mas Norte e Nordeste foram as que apresentaram as menores proporções de casas com microcomputador (26,7% e 30,3%, respectivamente) e com microcomputador com acesso à Internet (19,6% e 25,8%).

tablet internet - iStock   - iStock
Imagem: iStock

Acesso à internet cresce, mas ainda é insuficiente

A queda do número de computadores não significa que as pessoas deixaram de ter acesso à Internet. Isso, segundo o IBGE, se deve ao crescimento das conexões por meio de outros equipamentos, como celulares e tablets, e em outros locais que não o domicilio.

No país, aproximadamente 102,1 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet em 2015, o que representou um crescimento de 7,1%, (6,7 milhões de usuários) em relação a 2014.

No período, a proporção de internautas brasileiros passou de 54,4% para 57,5% da total dessa parcela da população. Isto é, o país ainda está muito longe de atingir as metas do PNBL (Programa Nacional de Banda Larga), que pretende expandir o acesso à banda larga de alta velocidade para 95% da população até 2018. 

O Centro-Oeste foi a região que teve maior crescimento no número de internautas: 8,7%. Seguido pela região Nordeste, que teve aumento de 8,4%. O Sudeste tinha em 2015 6,8% mais internautas que no ano anterior. E, o Sul, 6,2% mais. 

A proporção de internautas no país é maior entre os brasileiros de 15 a 17 anos de idade e de 18 ou 19 anos (82,0% e 82,9%, respectivamente). Ainda assim os maiores aumentos, em relação a 2014, foram identificados entre os usuários de 40 a 49 anos de idade e de 50 anos ou mais (13,9% e 20,1%, respectivamente).

tijolão - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Mais brasileiros com celulares do que com acesso à internet

Mas, como apontou a Pnad, a proporção de brasileiros com acesso a celulares é maior do que os que têm acesso à internet. Em 2015, 139,1 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal. Isso representa 78,3% da população nessa idade --frente aos 57,5% que têm acesso à internet.

Se comparado ao ano anterior, o levantamento apontou um crescimento de 2,5 milhões de pessoas (1,8%) com celulares.

Todas as regiões apresentaram aumentos, mas a Sudeste se destacou (1,4 milhão de pessoas). O uso do dispositivo foi maior entre os brasileiros de 25 a 29 anos de idade (89,8%). As mulheres apresentaram maior proporção que os homens (78,9% para elas, e 77,6% para eles).