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Ele está usando a tecnologia para provar que seu apartamento é assombrado

O escritor e ilustrador Adam Ellis e o desenho que ele fez do fantasma "Dear David": caso tem movimentado o Twitter e é registrado usando uma série de aparatos eletrônicos - Montagem/UOL
O escritor e ilustrador Adam Ellis e o desenho que ele fez do fantasma "Dear David": caso tem movimentado o Twitter e é registrado usando uma série de aparatos eletrônicos Imagem: Montagem/UOL

Do UOL, em São Paulo

05/09/2017 17h03

De maneira geral, tecnologia e sobrenaturalidade tendem a não andar de mãos dadas. Um escritor que mora em Nova York, porém, está lançando mão de diversos aparatos tecnológicos para mostrar o que, em geral, as pessoas procurariam desmentir: o fato de que seu apartamento está mal-assombrado. 

O escritor e ilustrador Adam Ellis começou a relatar o caso em sua conta particular no Twitter no início de agosto. Encurtando a (longa) história - que pode ser lida na íntegra abaixo (em inglês) -, o escritor contou que uma criança com a cabeça deformada, chamada "Dear David" começou a aparecer para ele em sonhos.

"Fiz um Storify da sequência [de tuítes] sobre o Dear David para facilitar a visualização. Vou mantê-lo atualizado."

De uma hora para outra, porém, o fantasma teria passado a atormentar o escritor na vida real. Isso ocorreu após um episódio de paralisia do sono pelo qual Ellis passou. Nesse momento, ele diz ter visto o fantasma em uma cadeira de balanço que ele tinha em seu quarto.

A situação piorou após, segundo o que ele relata, sonhar com uma criança que o questionou sobre o "Dear David" e disse que quem o visse poderia fazer duas perguntas ao fantasma, desde que elas começassem com o nome dele. Uma terceiro questionamento, porém, seria perigoso: caso ele fosse feito, "Dear David" tentaria matá-lo.

Ellis, então, relatou que encontrou o fantasma em um sonho e fez as duas perguntas. Ele, porém, acabou se distraindo e acabou fazendo uma terceira, e aí os problemas começaram.

Caça-Fantasmas tecnológico

Ao fazer a terceira pergunta, Ellis começou a se deparar com situações estranhas no seu apartamento. Aparentemente uma pessoa cética, ele começou a registrar essas ocorrências utilizando diversos meios tecnológicos.

Os artifícios utilizados pelo escritor variaram entre simples fotos - como essa, onde ele mostra seus gatos paralisados diante da porta de entrada de seu apartamento...

"Nas últimas 4 noites, meus gatos se reuniram em frente à porta de entrada, à meia-noite, e ficaram olhando fixamente para ela, quase como se tivesse alguém do outro lado"

...ou de uma "mandinga" para manter os maus-espíritos longe de sua casa.

“Ambos os dois [gatos] estão lá agora.” “Eu nem sei se este é o tipo certo de sal”

Ele chegou a usar uma Polaroid para isso e uma foto do hall de entrada saiu, digamos, um tanto estranha.

“Alguém me disse para tirar fotos à distância, então eu o fiz. Uma com meu iPhone e outra com a Polaroid” “A da esquerda é do meu iphone. A da esquerda com a Polaroid. A luz do corredor aparece nas duas fotos. Por que está completamente escuro na imagem captada pela Polaroid?”

Ellis continuou documentando momentos estranhos do seu cotidiano. E fez isso em vídeo. Inicialmente, ele gravou utilizando o próprio celular em um dos momentos nos quais seus gatos passaram a agir de forma estranha.

Outro artifício que ele usou foi um aplicativo para celular que monitora sons e os grava. Bem, o resultado foi, no mínimo, estranho. A começar pelo que parece ser um passo em seu apartamento no meio da noite.

“A maioria deles [ruídos] são muito vagos. Alguns são barulhos de carros passando, mas há três nos quais estou interessado.” “O primeiro é um som de estalo e parece um passo. É estranho, porque eu não saí da cama durante a noite” 

Depois, outra gravação captou um som que parece causado por eletricidade estática.

"Este aqui é esquisito, pois das 33 gravações, esta é a ÚNICA que tem um som estranho de eletricidade estática"

Posteriormente, ele utilizou uma câmera de monitoramento para gravar seu quarto. E, usando o modo de detecção de movimentos, captou duas cenas perturbadoras. A primeira envolveu sua cadeira de balanço.

“Observe a cadeira.” “Eu olhei novamente o feed. E nada. Vi pela terceira vez e finalmente notei algo.”

Já a segunda, tem a ver com um casco de tartaruga que ele mantinha na parede de sua sala.

Desde o dia 31 de agosto, porém, Ellis não publicou mais mensagens sobre o assunto. De acordo com a última postagem, ele afirmou que "estava vivo" e que tem evitado ficar em casa.

A história, verdadeira ou não, ainda parece longe de ser esclarecida. Por enquanto, ninguém provou se tratar de uma piada ou, ainda, montagens. É de se esperar, porém, que caso haja novos acontecimentos, Ellis certamente encontrará um meio de registrá-los.