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iPhone 8 muda pouco por fora e ganha processador potente

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em Cupertino *

13/09/2017 10h09Atualizada em 03/07/2020 23h48

Se fosse uma pessoa, o iPhone 8 estaria bem triste por ter sido apresentado no mesmo dia do seu irmão maior e mais avançado, o iPhone X. A evolução do iPhone 7, fisicamente, não é lá grandes coisas. Porém, o recheio do aparelho o deixou capaz de suportar aplicações bem interessantes de realidade aumentada e ainda novas formas de editar fotos no modo retrato.

A seguir, nossas impressões do uso do aparelho, após a apresentação desta terça-feira (12).

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Quase visual de um iPhone 7

De cara, o iPhone 8, apresentado nesta terça (12) pela Apple, é praticamente uma cópia do iPhone 7. Só vão perceber as diferenças físicas quem tiver contato com o aparelho. Isso porque o dispositivo é todo revestido de vidro.

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  • http://tecnologia.uol.com.br/enquetes/2017/09/12/iphone-8-8-plus-ou-x-qual-sera-sua-escolha.js

A primeira impressão de tocá-lo é de que o iPhone 8 é mais premium que o 7, cuja parte traseira é de aço escovado. Lembrou-me um pouco o iPhone 4S que também era todo revestido de vidro.

Agora, se formos mais práticos, todo o encanto do material pode ser deixado de lado pela necessidade de colocar uma capinha. Você já viu o que acontece quando quebra o vidro traseiro de um aparelho? O dispositivo continua funcional, mas você terá um smartphone com vidro estilhaçado, o que não é muito legal. A empresa diz que este é o vidro mais resistente que existe. Só vendo mesmo com o uso diário…

Este mesmo item traz uma nova funcionalidade ao aparelho —que a concorrência tem há algum tempo: o carregamento sem fio. Os iPhones 8 são compatíveis com o consórcio Qi e contarão pela primeira vez com acessórios para tal fim. Belkin e Mophie são algumas das empresas que vendem carregadores compatíveis.

É engraçado que a Apple falou de carregadores sem fio de outras empresas e que só em 2018 a empresa terá o AirPower, um dispositivo potente para carregamento de diversos dispositivos simultaneamente.

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Hardware robusto

Por dentro, porém, é que o iPhone 8 mostra que não é nada igual ao seu antecessor. O novo processador A11 Bionic de seis núcleos se mostrou bem esperto no rápido contato com o aparelho que tivemos na área de review. O que mais impressiona é como ele lida com aplicações de realidade aumentada. Ao jogar "Warhammer 40k Freeblade", o game conseguiu rapidamente reconhecer uma superfície e a projetar os cenários de combate.

Em outra demonstração, com um aplicativo educacional, foi possível ver detalhes de um coração pulsando —com direito a toques da taptic engine (a mesma que dá um "peteleco" ao desbloquear o telefone) a cada batida do órgão humano.

Modo retrato turbinado

Outra amostra de poder do processador são os novos modos da função retrato da câmera, o "Portrait Lighting" (iluminação de retrato, em português). Disponível apenas no iPhone 8 Plus, o recurso aproveita a câmera dupla para tirar fotos com profundidade de campo. Antes, no modo retrato só era possível tirar as fotos e desfocar o fundo.

Agora, há outros modos de iluminação no rosto possíveis. São eles: natural light (com desfoque do fundo, como no iPhone 7 Plus), studio light (com uma leve iluminação no rosto), contour light (com uma leve iluminação no contorno do rosto), stage light mode (desfoca o fundo e deixa a foto preto e branco) e o stage light (troca o fundo por um fundo preto, o que causa certa dramaticidade à imagem).

Após tirar uma foto no modo retrato, o usuário pode voltar a elas e escolher quaisquer dos tipos de possibilidade de luz. Mesmo esse processo, que exige processamento, foi feito sem nenhum problema.

No fim das contas, o iPhone 8 parece ser mais um aparelho de transição lançado pela empresa. Ainda que suporte realidade aumentada e novas formas de editar retratos, ele traz um hardware bem parecido com o do iPhone X. O sucessor do iPhone 7, no fundo, é uma opção menos cara para quem quer ter o que há de mais novo feito pela empresa da maçã.

* O repórter viajou a convite da Apple