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Olho no que clica: Brasil é o país com mais vítimas de phishing em 2017

Brasil aparece em ranking ingrato relacionado ao cibercrime - Getty Images
Brasil aparece em ranking ingrato relacionado ao cibercrime Imagem: Getty Images

Gabriel Francisco Ribeiro

Do UOL, em São Paulo

22/11/2017 16h15

O brasileiro é o mais afetado por phishing, espécie de crime cometido online, durante o ano de 2017. Isso é o que indica um ranking da empresa de segurança Kaspersky, apresentado nesta quarta-feira (22) durante evento em São Paulo para mostrar suas previsões relacionadas ao cibercrime em 2018.

Na lista, o Brasil aparece em primeiro lugar entre os países que mais foram alvos de phishing até novembro deste ano – segundo a empresa, isso dificilmente vai mudar até o fim de 2017. O país aparece logo à frente da Austrália. Completam o top 5 do ranking a China, Nova Zelândia e a Albânia.

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O phishing é um tipo de golpe online que tenta fisgar a vítima com falsas promessas, cobranças ou supostos prêmios. A prática é disseminada por criminosos via e-mail, SMS ou principalmente WhatsApp – entre eles, estão os vários golpes que o UOL Tecnologia noticiou ao longo do ano.

A metodologia do ranking envolve uma porcentagem de clientes de softwares de proteção da Kaspersky que foi alvo dos golpes em relação ao total de usuários do programa no país. O Brasil aparece em primeiro com 28,70% dos usuários atacados. Para se ter uma ideia, o segundo colocado, Austrália, tem “apenas” 21,79% dos usuários afetados.

Os golpes de phishing podem roubar dados e senhas das vítimas ou instalar arquivos maliciosos no aparelho usado pela pessoa afetada. Segundo os analistas da Kaspersky, a prática tem um grande salto nesta semana da Black Friday graças a promoções falsas que acabam enganando os consumidores.

Trojan bancário também é problema

O Brasil também aparece entre as primeiras colocações em outra lista ingrata elaborada pela Kaspersky: o de ataques com trojans bancários. Neste ranking, o Brasil é o segundo colocado, atrás da Rússia. O top 5 também é composto por Irã, China e Alemanha.

Esta lista, contudo, computa o número total de ataques identificados em clientes que contam com proteções da Kaspersky. Como não há uma proporção de usuários, a lista pode ter distorções a depender da quantidade de clientes da companhia em cada país.