Topo

Bitcoin chega a recorde de US$ 9.000 e ainda deve crescer até o fim do ano

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Do UOL, em São Paulo *

27/11/2017 11h19Atualizada em 27/11/2017 14h56

A criptomoeda bitcoin atingiu no início da manhã de domingo (26) um recorde de valor: US$ 9.033, de acordo com o índice de preços do site especializado em ativos digitais "CoinDesk". 

Após multiplicar seu valor mais de sete vezes desde dezembro, a maior e mais famosa das moedas digitais encerrará o ano a US$ 10.000, e não em US$ 8.400, disse o gerente de fundos de cobertura Mike Novogratz. O ethereum, um concorrente de menor porte, será negociado a US$ 500, contra quase US$ 370 na terça-feira (21).

VEJA TAMBÉM:

Novogratz está criando um fundo de US$ 500 milhões para investir em criptomoedas e afirma que o rali do bitcoin ainda tem bastante espaço para crescer.

O bitcoin é como ouro digital no sentido de que "o ouro tem valor unicamente porque as pessoas dizem que tem valor; o bitcoin é construído com base em uma tecnologia incrível e tem oferta limitada", disse Novogratz, em entrevista, na "Bloomberg Television". "Esta revolução como um todo saiu da quebra da confiança na crise de 2008."

O bitcoin subiu para um recorde de US$ 8.374 na terça-feira após os comentários de Novogratz. A moeda havia chegado a cair 5,4 por cento mais cedo após o roubo de US$ 31 milhões sofrido por uma outra criptomoeda, conhecida como ethererum. Esses giros não são novidade, já que a valorização do ativo virtual tem sido tumultuada, com três quedas diferentes de mais de 25 por cento cada seguidas de altas.

Mas isso não intimida Novogratz. "Estamos na segunda ou na terceira entrada", disse ele, usando um termo do beisebol, um esporte com nove entradas (tempos). "Como os preços se mexeram bastante até o momento, as pessoas estão nervosas. Você já ganhou bastante dinheiro, lê as notícias e quer embolsar seu lucro e ir embora."

Muitos dos antigos colegas dele em Wall Street estão longe de compartilhar desse entusiasmo. O chefe do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que quem compra bitcoin é "estúpido" e pagará caro, Neil Dwane, da Allianz Global Investors, disse que a moeda digital é uma "fraude usada por criminosos de todo o mundo" e Larry Fink, da BlackRock, disse que se trata de um índice para medir a demanda por lavagem de dinheiro em todo o mundo.

* Com informações da agência Bloomberg